BEIJING, 4 de ago (Diário do Povo Online) - A melhor maneira de resolver os problemas de seguran?a cibernética entre a China e os Estados Unidos (EUA) é através da comunica??o e negocia??o, no lugar de as partes se envolverem em guerra de palavras e amea?as, disseram segunda-feira (3) especialistas chineses de internet.
O jornal ‘New York Times’ noticiou fim-de-semana que o governo dos EUA já tem a disposi??o vários planos para retaliar, contra os suspeitos do roubo de informa??es de índole pessoal de cerca de 20 milh?es de cidad?os norte-americanos, através da danifica??o da protec??o das redes atacantes.
Embora a parte norte-americana n?o tenha especificado de que país s?o os atacantes, funcionários envolvidos na investiga??o, incluindo James Clapper, diretor nacional de inteligência dos EUA, disseram que o maior suspeito é a China, de acordo com o ‘New York Times’.
A reportagem rapidamente despertou um debate entre os dois países e atraiu a aten??o de especialistas do setor de seguran?a online.
Shen Yi, vice-diretor do centro de pesquisas de governa??o em Internet na Universidade de Fudan, disse que acusa??es sem nenhuma raz?o ou mesmo batalhas online n?o v?o resolver o problema. O plano relatado para danificar a prote??o dos atacantes significa que os EUA têm planos para destruir a infraestrutura da rede chinesa, “o que é perigoso e sério."
“Os dois países devem primeiro descobrir se o ataque foi da China, e, em seguida, sentarem-se `a mesa em conjunto para uma comunica??o em vez de procurar-se argumentos", disse Shen.
Adivinhar quem é o responsável irá agravar o problema de seguran?a entre os dois lados e pode levar os EUA a conclus?es erradas, indicou Shen.
Zuo Xiaodong, vice-presidente do Instituto de Pesquisa da Seguran?a Informática da China, disse que as acusa??es, sem nenhuma prova, feitas pelos EUA s?o irresponsáveis.
"Os Estados Unidos ignoraram os canais de comunica??o criados pelos dois lados para resolver problemas de seguran?a, o que tornará os casos futuros de seguran?a mais graves. Isto poderá levar os dois lados a uma guerra fria no setor de ciberespa?o", disse Zuo.