A China comunicou publicamente a sua apreens?o face ao clima de tens?o recentemente registado na península coreana, reiterando a sua vontade para que se tomem medidas de conten??o.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros (Ministério das Rela??es Exteriores), Hong Lei, proferiu comentários neste sentido ao ser instado a comentar a desativa??o de uma zona industrial mista entre as duas Coreias na semana passada.
A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) decidiu na quinta-feira encerrar o complexo industrial e repatriar todos os funcionários provenientes da República da Coreia (RC). Todos os ativos pertencentes à RC ali presentes foram congelados um dia depois deste país ter decidido cessar as suas opera??es no local. As atividades industriais desenvolviam-se no local desde dezembro de 2004.
Pyongyang lan?ou um foguete com um satélite a 7 de fevereiro, o que Seul vê como um estratagema para camuflar um teste de mísseis balísticos. Este teste surge pouco tempo depois do último, e polémico, teste de 6 de janeiro.
De acordo com a resolu??o do Conselho de Seguran?a das Na??es Unidas, a RPDC encontra-se banida de disparar qualquer tipo de arma balística.
Os EUA e a Coreia do Sul decidiram iniciar discuss?es para a implementa??o de um avan?ado sistema de defesa de mísseis, cujo nome oficial é, em Inglês, Terminal High Altitude Area Defense (THAAD), na península coreana.
Como um dos mais avan?ados sistemas de defesa do mundo, o THAAD pode intercetar e destruir mísseis balísticos dentro ou fora da atmosfera durante a sua fase final de voo.
A China revela algumas preocupa??es relativamente à instala??o de tal engenho bélico na península, terá dito Hong durante uma conferência de imprensa (coletiva à imprensa).
A implementa??o do THAAD, segundo Hong, vai para lá das necessidades de defesa da península. Concomitantemente, o seu raio de influência penetraria em profundidade no continente asiático, disse.
“Causará danos imediatos aos interesses de seguran?a estratégica da China e de outros países asiáticos”, acrescentou.
A China op?e-se com veemência ao uso do pretexto da quest?o nuclear da península coreana para comprometer os seus interesses nacionais na regi?o, disse Hong.
A China irá continuar de forma incessante a promover a desnucleariza??o da regi?o e a mediar a situa??o pela via do diálogo e da negocia??o, frisou o porta-voz.
Edi??o: Mauro Marques