Beijing, 10 out (Xinhua) -- O presidente do banco central da China disse que os riscos no sistema bancário do país s?o controláveis apesar de aumento dos empréstimos com liquida??o duvidosa e reiterou o papel de estímulo monetário e fiscal no tratamento de uma crise.
Os bancos chineses registram aumento na inadimplência, mas têm capital suficiente para enfrentá-la e no geral os riscos podem ser controlados, afirmou o presidente Zhou Xiaochuan em comunicado do Banco Popular da China (BPC) publicado neste domingo.
Ele fez o comentário durante a conferência anual do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial realizada em Washington de sexta-feira a domingo.
O rápido crescimento do crédito da China gerou preocupa??es sobre a qualidade dos ativos bancários e uma possível bolha imobiliária.
A inadimplência nos bancos chineses subiu para 1,75% no final de junho, estável em rela??o ao trimestre anterior, porém mais alta que o 1,67% no final de 2015, com os empréstimos com liquida??o duvidosa atingindo 1,44 trilh?o de yuans, de acordo com os dados oficiais.
Em agosto, os novos empréstimos na China denominados em yuans mais que dobraram ante o mês anterior, para 948,7 bilh?es de yuans (US$ 145,95 bilh?es), com as hipotecas representando 55,7% dos 529 bilh?es de yuans nos empréstimos familiares.
Zhou disse que a rápida expans?o do crédito refletiu os esfor?os da China para diminuir os riscos e apoiar a economia em meio ao crescimento global sombrio.
A China controlará o crescimento nacional do crédito, já que a economia global caminha em dire??o a uma recupera??o estável, disse Zhou, reiterando o que tinha dito em uma reuni?o dos ministros das Finan?as e governadores dos bancos centrais do G20.
A experiência da China demonstrou que o estímulo fiscal e monetário oportuno pode fazer um papel positivo no tratamento de uma crise, disse Zhou.
Os principais indicadores econ?micos têm mostrado sinais de melhoria recentemente e os fundamentais para o crescimento saudável e de longo prazo na China n?o alterar?o, disse ele.
O presidente do BPC aconselhou que os governos locais do país inventem medidas fiscais diferenciadas de acordo com suas próprias condi??es para apoiar o crescimento econ?mico.
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