Por Qiang Wei, Diário do Povo

A Administra??o Geral das Alfandegas revelou que, em fevereiro, as importa??es da China aumentaram em 44,7%, um acréscimo de 23,1% do valor expetado e 25,2% acima do valor anterior, enquanto as exporta??es do mesmo mês registaram mais 4,2%, inferir às expetativas de 14,6%, e abaixo do valor anterior de 15,9%.
Influenciado pelo aumento de importa??es, o défice comercial de fevereiro atingiu os 60,36 bili?es de yuans, marcando a primeira vez desde fevereiro de 2014.
Analistas apontam que o défice comercial é uma consequência de três fatores principais: o aumento da demanda doméstica, os fatores do Festival da Primavera e o pre?o das commodities.
Wang Jingwen, analista do Intituto de Pesquisa do banco chinês Minsheng, afirmou que o inesperado acréscimo das importa??es foi causado pelo facto de a economia chinesa estar em processo de recupera??o, pois o índice dos gerentes de compra (PMI), cami?es de carga, cargas e outros indicadores mostram a que a atividade continua a registar sinais positivos, demonstrando a imensid?o da demanda doméstica.
Zhang Yongjun, investigador do Centro de Inttercambio Económico Internacional da China, disse que o défice comercial de fevereiro e o pre?o das commodities a nível internacional levaram a um aumento substancial do número de importa??es.
Nos primeiros meses de 2017, o pre?o do ferro importando aumentou 83,7%, o valor petróleo e produtos petrolíferos acresceram 60,5% e 48,6%, respetivamente, assim como o do carv?o ficou 1,1 vezes mais caro.
A análise de Deng Haiqing, economista chefe da JZ Securities, revela que as empresas chinesas, antes do Festival da Primavera, fazem os preparativos e agendamentos necessários para reduzir o custo de inventário, fator que leva ao aumento das exporta??es antes do período de festividades, culminando com um surto de importa??o após a conclus?o do festival.
Deng prevê que depois dos efeitos do Festival da Primavera, o balan?o comercial regresse ao normal, expetando que em mar?o seja registado um excedente comercial. Expetativa também partilhada pelo The Goldman Sachs Group, Inc.
Relativamente à influência do défice comercial na taxa de cambio do renminbi, especialistas defendem que visto que o défice n?o é sustentável, o impacto nas taxas de cambio da moeda chinesa é limitado. Quando combinado com os dados de reservas cambiais estrangeiros, espera-se que a desvaloriza??o do yuan possa ser totalmente liberada de conclus?es.
Conta oficial de Wechat da vers?o em português do Diário do Povo Online