Beijing, 21 dez (Xinhua) -- A reforma e abertura de 40 anos da China continuará a aprofundar, de um modo favorável, o desenvolvimento de regras internacionais mais justas, disse o economista chinês Zhang Yuyan.
"A destreza em tratar suas rela??es com o restante do mundo será vital para a reforma e abertura do país no futuro", disse Zhang, diretor do Instituto de Economia e Política Mundial sob a Academia Chinesa de Ciências Sociais, em uma entrevista à Xinhua.
O país precisa encontrar um equilíbrio entre a manuten??o de seu caminho de política e a defesa de seus interesses essenciais ao tentar atender a novas demandas do resto do mundo, afirmou. "Devemos explicar melhor os empenhos e as condi??es nacionais da China em um esfor?o para fazer deste processo mais tranquilo."
Apesar dos desafios representados pelo protecionismo comercial e unilateralismo, a China está ainda em um período de oportunidade estratégica desde que administre bem suas próprias tarefas, explicou.
Ao comentar sobre o desenvolvimento milagroso do país, ele apontou que é caracterizado pela adapta??o do país às regras internacionais e abertura ao mercado mundial.
"Nos últimos 40 anos, a China primeiro se orientou para o sistema econ?mico internacional, e depois contribuiu para e liderou os esfor?os para a otimiza??o do sistema", avaliou. "A abertura trouxe uma integra??o profunda da China e uma voz cada dia maior no sistema econ?mico mundial, o que é proporcional com seu peso econ?mico."
O atual sistema da governan?a econ?mica mundial tem como base um conjunto de regras "n?o neutras" fixadas nos interesses das economias desenvolvidas, que as estabeleceram, obviamente sub-representado pelas economias emergentes, comentou.
"As economias emergentes est?o impulsionando ativamente a reforma do sistema em meio à ocorrência de mudan?as profundas nas disparidades do poder entre as principais economias", disse. "Estamos vendo uma tendência irresistível em que elas tentam tornar o acordo institucional mais equilibrado e neutro sem desmontar o sistema inteiro ou criar um totalmente novo."
Ele comparou a competi??o internacional sob as atuais regras com uma corrida com Usain Bolt, atleta que estabeleceu o recorde dos 100 metros masculinos. "Vamos dizer que um estudante universitário comum correrá contra Bolt; N?o há nehuma dúvida de que o aluno perderá, e isso é a situa??o de hoje. Mudan?as precisam ser feitas para tornar o campo de jogos justo."
Zhang disse que é necessário refinar as regras para dar oportunidades aos jogadores de pistas diferentes para exercer suas vantagens respectivas em um campo de jogos justo, de modo a atingir seus lugares adequados.
"A China se fundamentará em sua abertura para promover uma economia mundial mais aberta, aumentar a coopera??o na governan?a mundial e fazer das regras da competi??o mais justas", assinalou.
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