BEIJING,24 de mai (Diário do Povo Online) - O vice-presidente chinês Wang Qishan reuniu-se ontem com seu homólogo brasileiro, Hamilton Mour?o, no Grande Sal?o do Povo, e ambos co-presidiram ao quinto encontro da Comiss?o Sino-brasileira de Alto Nível de Concerta??o e Coopera??o (COSBAN).

Wang referiu que, desde o estabelecimento das rela??es diplomáticas há 45 anos, as rela??es bilaterais sino-brasileiras têm se desenvolvido de modo sólido, avan?ando continuamente rumo a novos patamares. Nos últimos anos, sob a lideran?a do presidente Xi Jinping e líderes brasileiros, a parceria estratégica global entre a China e o Brasil foi refor?ada, sendo mutuamente benéfica. Ambas as partes têm mantido uma comunica??o estreita e coordenado em diversas quest?es relevantes internacionais e regionais, mantendo e promovendo, efetivamente, a solidariedade e coopera??o entre países em desenvolvimento e mercados emergentes.
Wang Qishan destacou o fato de Hamilton Mour?o ser o primeiro líder do novo governo brasileiro a visitar a China e deste atribuir grande importancia ao desenvolvimento das rela??es com seu país. A China valoriza esta posi??o.
Atualmente, a China e o Brasil est?o comprometidos com a promo??o do desenvolvimento via reformas estruturais e abertura. O lado chinês valoriza na??es amigas como o Brasil, tendo todo o interesse em trabalhar junto do país sul-americano no ambito da COSBAN, planejar e expandir a coopera??o, e resistir conjuntamente às diversas incertezas externas, contribuindo de forma mais contundente para a recupera??o econ?mica global.
Por seu turno, Mour?o descreveu a China como um grande país, frisando o respeito mútuo e a amizade tradicional profunda sino-brasileira. O novo governo do Brasil atribui importancia à parceria estratégica global com a China e, de acordo com Mour?o, está disponível para refor?ar o diálogo e coopera??o, bem como a sincronizar a iniciativa “Um Cintur?o, Uma rota” com os planos de desenvolvimento nacionais de seu país.
O Brasil espera também alargar a exporta??o de seus produtos para a China e diversificar seu comércio com o país. Em contraponto, continua com suas portas abertas ao investimento chinês.
As duas partes concordaram em refor?ar o intercambio e coopera??o em vários setores, promover a facilita??o comercial, otimizar a estrutura comercial e promover o crescimento qualitativo do comércio bilateral.
Foi também endere?ado ao Brasil um convite para participar na segunda Feira Internacional de Importa??es e Exporta??es da China.
Os dois lados deram importancia ao acoplamento da iniciativa chinesa do “Cintur?o e Rota” com “Prorgrama de Parcerias de Invesmento” brasileiro, concordando promover o investimento mútuo, com vista à dinamiza??o de setores, como energia e minera??o, constru??o de infraestruturas e logística, agricultura, finan?as, indústria de servi?os, inova??o tecnológica, e o programa bilateral de satélites de uso civil.
Por fim, foi acordada a continua??o da coopera??o em organiza??es multilaterais como a ONU, BRICS e OMC, em prol do multilateralismo, livre comércio, melhoria da governa??o econ?mica global e manuten??o de um sistema comercial enquadrado nas diretivas da OMC.