O Jap?o intensificou sua interferência nos assuntos internos da China ao trazer à tona a ilha de Taiwan numa declara??o conjunta com a Uni?o Europeia (UE) na quinta-feira (27), a segunda vez que se referiu diretamente à quest?o de Taiwan desde o encontro com o presidente dos EUA, Joe Biden, em abril.

Especialistas afirmaram que esta foi uma tentativa mal intencionada de se unir ao Ocidente e dissemiar a teoria da "amea?a da China", que acabará prejudicando o desenvolvimento regional e até mesmo a recupera??o mundial da pandemia.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, realizou uma cúpula virtual na quinta-feira com a presidente da Comiss?o Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. Os dois lados emitiram posteriormente uma declara??o conjunta, na qual os mares do leste e do sul da China e do Estreito de Taiwan foram mencionados.

“Continuamos seriamente preocupados com a situa??o nos mares do leste e do sul da China e nos opomos veementemente a qualquer tentativa unilateral de mudar o status quo e aumentar as tens?es”, diz a declara??o, e reafirma “a importancia crítica de manter a liberdade de navega??o e sobrevoo”, segundo o site oficial do Conselho Europeu.

Disse que o Jap?o e a UE sublinham a necessidade de “paz e estabilidade através do Estreito de Taiwan e encorajam a resolu??o pacífica dos problemas através do Estreito”.

Em abril, o Jap?o divulgou um comunicado conjunto com os EUA após os líderes dos dois países se reunirem em Washington, que destacou a alian?a EUA-Jap?o na regi?o Indo-Pacífico e retratou a China como uma influência negativa na regi?o. Foi a primeira vez que os líderes dos dois países mencionaram a ilha de Taiwan em uma declara??o conjunta desde o encontro de Eisaku Sato e Richard Nixon em 1969, antes de a China e o Jap?o estabelecerem rela??es diplomáticas.

As constantes tentativas do Jap?o de interferir nos assuntos internos da China ignoraram completamente o Comunicado Conjunto China-Jap?o assinado em 1972 e prejudicaram gravemente as rela??es bilaterais, bem como as rela??es da China com a Uni?o Europeia, Lv Yaodong, diretor do Instituto de Estudos Japoneses da Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse ao Global Times na quinta-feira.

Depois que Biden assumiu o cargo, a alian?a entre o Jap?o e os EUA se fortaleceu e os dois lados se uniram para atacar a China, criando uma for?a que se alimenta da chamada “diplomacia orientada para o valor” adotada por alguns políticos no Ocidente.

Os observadores chineses alertaram para as graves consequências. "O Jap?o se tornou um verdadeiro sabotador, n?o apenas para o desenvolvimento regional do Leste Asiático, mas de todo o mundo", disse Lv, explicando que no momento em que o Leste Asiático pode desempenhar um papel de lideran?a na recupera??o da economia mundial na era pós-epidemia, o Jap?o lan?ou uma sombra sobre a paz e a estabilidade da regi?o.