Zhang Jun, representante permanente da China nas Na??es Unidas, apresenta as prioridades de trabalho do país como presidente rotativo do Conselho de Seguran?a da ONU para novembro, numa conferência de imprensa na sede da ONU em Nova Iorque, na quarta-feira. (Wang Fan)
A China assumiu na quarta-feira a presidência rotativa do Conselho de Seguran?a das Na??es Unidas para novembro, com foco no conflito Palestina-Israel.
A situa??o Palestina-Israel está no topo da agenda do Conselho de Seguran?a este mês, disse Zhang Jun, representante permanente da China na ONU.
"é imperativo pressionar por um cessar-fogo e travar os combates, evitar mais vítimas civis, evitar um desastre humanitário em larga escala e que o conflito se espalhe", disse ele aos repórteres numa coletiva de imprensa sobre o trabalho da presidência da China.
A presidência do Conselho de Seguran?a alterna mensalmente entre os seus 15 membros. A China ocupou a presidência rotativa pela última vez em agosto de 2022.
A presidência para Novembro surge entre as críticas que o Conselho de Seguran?a está a enfrentar pela sua aparente lentid?o na resposta ao atual conflito Palestina-Israel.
Na quinta-feira, o número de vítimas palestinas na Faixa de Gaza ultrapassou as 9.000, de acordo com o Ministério da Saúde, administrado pelo Hamas em Gaza. Mais de 1.400 pessoas em Israel perderam a vida até agora, a maioria delas mortas no ataque do Hamas em 7 de outubro, de acordo com as autoridades israelenses.
"Enquanto presidente rotativo do Conselho de Seguran?a, a China responderá aos apelos da comunidade internacional e trabalhará com todas as partes envolvidas para promover uma a??o coletiva responsável e significativa por parte do conselho em tempo hábil", disse Zhang.
Ele enfatizou que, com base na situa??o atual e nas tarefas que o Conselho de Seguran?a enfrenta e nas expectativas de todas as partes, a China "pressionará o Conselho de Seguran?a a tomar medidas, cumprir as suas responsabilidades nos termos da Carta da ONU, demonstrar o seu compromisso, promover o alívio das tens?es e apoiar os esfor?os diplomáticos".
"Exortaremos o Conselho de Seguran?a a concentrar-se nas causas profundas, a olhar para o complexo problema da interliga??o do défice de desenvolvimento e do défice de seguran?a, e a explorar formas de resolvê-lo a partir de uma perspectiva mais ampla", disse Zhang.
"Pressionaremos o Conselho de Seguran?a a melhorar os seus métodos de trabalho, fortalecer a unidade e a coopera??o, aumentar a sua autoridade e eficiência e responder de forma mais eficaz à complexidade da situa??o atual", acrescentou.
O Conselho de Seguran?a irá também considerar quest?es relacionadas à Síria, Iêmen e Bósnia-Herzegovina este mês, segundo Zhang. Ser?o tomadas medidas relativamente à miss?o de assistência da ONU no Sud?o, à miss?o da ONU na República Centro-Africana e à extens?o da autoriza??o de san??es à Somália, bem como mantido o diálogo regular anual com o comissário da polícia de manuten??o da paz da ONU, afirmou.
O porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores, Wang Wenbin, reiterou na quinta-feira que a China sempre foi uma construtora da paz mundial, um contribuinte para o desenvolvimento global e uma defensora da ordem internacional.
"A China defenderá firmemente o sistema internacional com a ONU no seu núcleo, a ordem internacional sustentada pelo direito internacional e as normas básicas que regem as rela??es internacionais, com base nos propósitos e nos princípios da Carta da ONU", afirmou durante uma conferência de imprensa regular.