Por Zhang Rong, Mauro Marques
António Francisco de Assis, Ministro da Agricultura e Florestas de Angola. (Foto: Zhang Rong, Diário do Povo Online)
Em 16 de mar?o, o "Fórum de Negócios Angola-China 2024 sobre Petróleo e Gás, Recursos Minerais e Agricultura", decorreu em Beijing. Após a cerim?nia de abertura, o ministro da Agricultura e Florestas de Angola, António Francisco de Assis, afirmou em declara??es ao Diário do Povo Online que a China n?o se trata apenas de um 'amigo', mas sim de um 'irm?o'.
Na tarde de 15 de mar?o, o presidente Xi Jinping esteve reunido no Grande Palácio do Povo com o presidente de Angola, Jo?o Louren?o, que esteve em visita oficial à China. Os líderes dos dois países anunciaram que elevariam as rela??es sino-angolanas para uma parceria estratégica abrangente.
António afirma que se trata de um momento histórico para ambos os países, no qual o aprofundamento da coopera??o em diversas áreas continuará a decorrer, especialmente no comércio e investimento.
Quanto à coopera??o agrícola bilateral, o entrevistado destacou a presen?a de muitas empresas chinesas que est?o já investindo em Angola. Ele citou o exemplo de uma empresa chinesa que implementou um projeto de cultivo arroz em Angola ao longo de uma extens?o de cerca de 20.000 hectares.
Embora Angola tenha algumas empresas locais envolvidas na produ??o de arroz, persiste a necessidade de mais empresas e pessoas dispostas a investir na produ??o. N?o só de arroz, mas também de outros produtos agrícolas como trigo, milho, soja, os quais requerem mais investimento e coopera??o, afirma.
Sobre as críticas às rela??es sino-africanas, o ministro é contundente: "N?o sabem o que se passa em Angola. N?o têm a mínima no??o do que se passa em Angola e, na primeira oportunidade que vocês tiverem de visitar Angola, v?o ter a oportunidade de falar diretamente com a popula??o que beneficia diretamente da presen?a dessas empresas".
"As empresas que produzem ao nível da agricultura nas regi?es onde est?o implantadas, transmitem conhecimento, transmitem know-how para as famílias, apoio com os meios que as famílias necessitam para produzir. Depois de obterem o produto final, conseguem inclusivamente obter apoio para vender a produ??o própria. Temos também exemplos no domínio social, no domínio da saúde, por exemplo. No ano passado tivemos uma situa??o de calamidade, inunda??es em algumas regi?es. Uma das empresas que produz arroz, ofereceu ao governo toneladas de arroz para conter a situa??o de fome nas áreas afetadas", refere.
António conclui suas declara??es com um voto de confian?a nas rela??es bilaterais e, ao mesmo tempo, lan?a um remoque às críticas: "Estamos a caminhar bem, os que n?o est?o connosco é que sentem inveja tanto da China como de nós angolanos. Deixem-nos fazer o nosso próprio caminho que estamos todos seguros naquilo que estamos a fazer".