Após uma colheita bem-sucedida na esta??o seca em julho, o agricultor Acosdo em Bafatá, uma vila na regi?o centro-norte da Guiné-Bissau, está se preparando para a próxima fase de plantio.

Gra?as ao sinuoso rio Geba, Bafatá tem boas condi??es para a produ??o de arroz, uma importante cultura agrícola para o país. No entanto, a produ??o de arroz tem sido baixa há muito tempo.

Acosdo disse que, com a ajuda da expertise agrícola chinesa, as coisas mudaram. Sua produ??o quadruplicou, aumentando a renda e permitindo que ele comprasse itens essenciais, como uma nova motocicleta e roupas para crian?as.

Os especialistas chineses trouxeram sementes, pesticidas, fertilizantes, maquinário e tecnologia, orientando passo a passo no cultivo científico de arroz e trazendo uma nova esperan?a para nossas vidas, disse ele.

O presidente chinês, Xi Jinping, conversou com Umaro Sissoco Embaló, presidente da República da Guiné-Bissau, em Beijing na quarta-feira. Durante a reuni?o, o presidente Xi expressou a vontade da China de continuar apoiando a constru??o doméstica da Guiné-Bissau, enviando especialistas em arroz e equipes médicas para ajudar a garantir a seguran?a alimentar e desenvolver a saúde pública.

Desde 1998, a Equipe Chinesa de Assistência Técnica Agrícola está firmemente estabelecida na área de Bafatá, com mais de 230 especialistas enviados.

Os especialistas se envolveram na sele??o e no cultivo de variedades de arroz de alto rendimento, na demonstra??o de técnicas de cultivo de alto rendimento, na organiza??o de sess?es de treinamento sobre técnicas de plantio de arroz e no treinamento de manuten??o e reparo de máquinas agrícolas. Seus esfor?os ajudaram os residentes locais a aumentar a produ??o de arroz e a garantir seu suprimento de alimentos.

Zheng Junjie, chefe da 11a equipe de especialistas em agricultura estacionada na Guiné-Bissau, disse que a equipe atual introduziu e selecionou um total de 37 variedades de arroz no país. Em três regi?es, incluindo Bafatá, a produ??o de arroz aumentou de 1,4 toneladas por hectare para 4,9 toneladas por hectare. Nas áreas de demonstra??o, o rendimento médio atingiu 8,5 toneladas por hectare, com o rendimento mais alto chegando a 10 toneladas por hectare.

Juntamente com o aumento da produtividade do arroz, as áreas de plantio de arroz na Guiné-Bissau foram ampliadas de 60 mil hectares para 100 mil hectares.

António Tavares, chefe da Associa??o de Arroz da Guiné-Bissau, estudou durante nove anos na China, obtendo um mestrado em agronomia. A coopera??o agrícola da China introduziu tecnologia avan?ada e variedades de arroz de alta qualidade, melhorando significativamente os padr?es de vida dos agricultores locais, disse ele.

Falando sobre seus anos na China, Tavares relembrou o encontro com o pioneiro do arroz híbrido, Yuan Longping, uma experiência que moldou sua defesa de maiores la?os agrícolas com a China. Ele era muito amigável e comunicativo, indo pessoalmente aos campos para demonstrar técnicas de cultivo de arroz híbrido, disse Tavares.

Na Declara??o Conjunta entre a República Popular da China e a República da Guiné-Bissau sobre o Estabelecimento da Parceria Estratégica, emitida na quarta-feira, ambas as partes concordaram em acelerar a exporta??o de produtos agrícolas de alta qualidade da Guiné-Bissau, como a castanha de caju, para a China, ao mesmo tempo que exploram as possibilidades de processamento local.

Há muito tempo esperávamos por essa notícia, disse Mamadu Jamanca, presidente da Associa??o Nacional dos Importadores e Exportadores. Ele disse que as castanhas de caju locais s?o de alta qualidade e constituem uma fonte significativa de renda para os agricultores e para o país, mas quest?es como tecnologia de processamento desatualizada e canais de exporta??o limitados geralmente levam a pre?os baixos e dificuldades de vendas.

N?o obstante, os produtos de caju da Guiné-Bissau foram bem recebidos na Exposi??o Internacional de Importa??o da China, trazendo esperan?a para o povo, disse Jamanca. Nós antecipamos ansiosamente o vasto mercado chinês e esperamos que a coopera??o com as companhias chinesas possa aumentar o valor dos nossos produtos, promover a cadeia de produ??o e beneficiar mais pessoas locais.