Este ano marca o 10o aniversário do funcionamento oficial do Fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos). A quarta reuni?o ministerial do fórum será realizada em Beijing no dia 13 de maio e o presidente chinês, Xi Jinping, participará da cerim?nia de abertura e proferirá um discurso. O evento será um novo marco na coopera??o entre a China e a América Latina e o Caribe (ALC).
Ao longo da última década, com a orienta??o e a dire??o pessoais de Xi e os esfor?os conjuntos da China e dos países da ALC, o mecanismo do Fórum China-CELAC se tornou cada vez mais maduro, construindo uma rede de diálogo e coopera??o integral, multinível e de amplo alcance.
O fórum transformou-se em uma plataforma importante para aumentar a confian?a política mútua, fortalecer a articula??o de estratégias de desenvolvimento e fomentar o intercambio entre os povos, desempenhando um papel relevante na constru??o da comunidade China-ALC com um futuro compartilhado, bem como na melhoria da influência dos países do Sul Global.
Os dez anos de funcionamento do fórum têm sido testemunhas de um acelerado desenvolvimento dos la?os entre a China e a ALC. Atravessando mares e montanhas, as duas partes avan?am conjuntamente para impulsionar as rela??es entre a China e a ALC em dire??o a uma nova etapa marcada pela igualdade, benefício mútuo, inova??o, abertura e benefícios tangíveis para seus respectivos povos.
Por ocasi?o da 4a reuni?o ministerial do fórum, as partes enviar?o juntas uma voz forte pela busca da paz, do desenvolvimento e da coopera??o, injetando estabilidade e energia positiva em um mundo turbulento, para escrever conjuntamente um novo capítulo de coopera??o geral e avan?ar na constru??o profunda e sólida da comunidade China-ALC com um futuro compartilhado.
PROJETO DO MAIS ALTO NíVEL PARA TRA?AR JUNTOS UM ROTEIRO DE DESENVOLVIMENTO
"Nem montanhas nem mares podem separar os povos que têm os mesmos ideais e objetivos." Xi tem concedido uma aten??o especialmente importante ao fortalecimento das rela??es entre a China e a ALC. Ele realizou seis visitas à regi?o, promoveu pessoalmente a cria??o do Fórum China-CELAC e formulou o conceito de uma comunidade com um futuro compartilhado entre ambas as partes, o que levou os vínculos China-CELAC a uma nova etapa histórica.
Em julho de 2014, Xi, o presidente chinês, participou da reuni?o dos líderes China-América Latina e Caribe no Brasil. Juntamente com os chefes de Estado e de governo presentes na reuni?o, Xi anunciou o estabelecimento do Fórum China-CELAC e prop?s pela primeira vez a iniciativa de construir uma comunidade com um futuro compartilhado entre as duas partes.
O presidente Xi tem prestado aten??o e apoio pessoais ao desenvolvimento do Fórum China-CELAC. Em janeiro de 2015, Xi participou da cerim?nia de abertura da primeira reuni?o ministerial do fórum, realizada em Beijing, e fez um importante discurso, fornecendo orienta??o estratégica e estabelecendo bases sólidas para o bom início e o desenvolvimento de longo prazo do fórum.
"O Fórum China-CELAC é uma novidade. Para que este broto se torne uma árvore frondosa, é imprescindível o cuidado primoroso de ambas as partes", afirmou Xi em seu discurso, expressando sua grande esperan?a para o fórum.
"A realiza??o da primeira reuni?o ministerial do fórum marcou a transforma??o, da ideia à realidade, da plataforma de coopera??o geral que abrange a China e os 33 países independentes da América Latina e do Caribe, e as rela??es China-ALC entraram em uma nova etapa de coopera??o geral e bilateral paralela e de refor?o mútuo", disse à Xinhua o representante especial do governo chinês para assuntos latino-americanos, Qiu Xiaoqi.
Em janeiro de 2018, Xi enviou uma mensagem de congratula??es à segunda reuni?o ministerial do fórum, realizada no Chile, guiando ambas as partes a alcan?ar um consenso político sobre a constru??o conjunta do Cintur?o e Rota.
Na carta, Xi indicou que o Fórum China-CELAC se tornou o principal canal de coopera??o entre a China e a regi?o como um todo, impulsionando a obten??o de resultados frutíferos na coopera??o em diversos campos.
Em dezembro de 2021, Xi proferiu um discurso por vídeo na terceira reuni?o ministerial do fórum, indicando a dire??o para promover o desenvolvimento de alta qualidade das rela??es China-ALC na nova era.
Em seu discurso, Xi destacou que as duas partes, aderindo à aspira??o original de fortalecer a solidariedade e a coopera??o e de promover a coopera??o Sul-Sul, transformaram este fórum em uma plataforma principal para buscar o benefício mútuo de ambas as partes e impulsionaram a entrada das rela??es entre a China e os países da ALC em uma nova era marcada pela igualdade, benefício mútuo, inova??o, abertura e benefício para os povos.
Em abril de 2025, Xi enviou uma mensagem de felicita??es à IX Cúpula da CELAC, expressando a disposi??o da China em trabalhar com os países da regi?o para impulsionar novos avan?os na constru??o de uma comunidade China-ALC com um futuro compartilhado.
"Acho que a constru??o de uma comunidade de futuro compartilhado China-América Latina do presidente Xi Jinping encapsula conceitos que s?o muito compartilhados pelos demais membros da comunidade internacional e pelos latino-americanos e caribenhos", afirmou Fernando Lugris, chefe da miss?o diplomática dos países da América Latina e do Caribe na China e embaixador do Uruguai.
Nos últimos dez anos, o "círculo de amigos" da China com os países da América Latina e Caribe tem se ampliado. Panamá, República Dominicana, El Salvador, Nicarágua e Honduras estabeleceram ou restauraram rela??es diplomáticas com a China, e o princípio de Uma Só China tornou-se um consenso entre cada vez mais países da regi?o. O valor dos la?os China-ALC continua aumentando. Atualmente, a China estabeleceu diferentes tipos de parcerias com 16 dos 26 países da regi?o com os quais mantém vínculos diplomáticos.
Segundo Chai Yu, diretora do Instituto de Estudos da América Latina da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS, na sigla em inglês), o presidente Xi deu o exemplo com a??es para promover ativamente o desenvolvimento do Fórum China-CELAC, o que é de suma importancia para aprofundar a confian?a política mútua entre ambas as partes e gerar consenso sobre a coopera??o China-ALC.
Por sua vez, Enrique Dussel, coordenador do Centro de Estudos China-México da Universidade Nacional Aut?noma do México (UNAM), indicou que o Fórum China-CELAC é uma janela que a China abre para todos os países da ALC. A China ofereceu um amplo e profundo portfólio de op??es em centenas de áreas, acrescentou.
Sob a dire??o estratégica da diplomacia de chefe de Estado, o Fórum China-CELAC estabeleceu mecanismos como a Reuni?o Ministerial, o Diálogo de Ministros das Rela??es Exteriores da China e do Quarteto da CELAC e a Reuni?o de Coordenadores Nacionais, entre outros, construindo assim os pilares fundamentais da coopera??o entre a China e a ALC como um todo.
Até a data, ambas as partes celebraram com sucesso mais de 100 eventos, incluindo três reuni?es ministeriais e 31 subfóruns em diversas áreas específicas, como o Fórum de Partidos Políticos China-CELAC, a Cúpula Empresarial China-ALC, o Fórum de Coopera??o em Infraestrutura China-ALC e o Fórum de Inova??o Científico-Tecnológica China-ALC.
"O Fórum China-CELAC tem servido como uma plataforma importante para construir consensos políticos, lan?ar iniciativas importantes, formular planos de a??o e avaliar resultados de implementa??o, desempenhando um papel positivo no desenvolvimento da coopera??o em diversos ambitos entre a China e a ALC", afirmou Qiu.
UMA COOPERA??O PRáTICA QUE OFERECE BENEFíCIOS AOS POVOS
A carne vermelha e macia mergulha na sopa picante da panela quente chinesa e depois desliza para a boca dos comensais, acompanhada de óleo de gergelim e pasta de alho. Nos últimos anos, a carne bovina brasileira se tornou um ingrediente comum em hot pots, uma comida típica muito popular no Município de Chongqing.
A China continua sendo um dos principais destinos da carne bovina brasileira. De acordo com estatísticas do Brasil, em 2024, o país sul-americano exportou cerca de 1,4 milh?o de toneladas para o país asiático, o que equivale a 48,7% do total de suas exporta??es nesse setor.
As exporta??es brasileiras de carne bovina para a China refletem os la?os econ?micos e comerciais cada vez mais estreitos entre a China e ALC. Nos últimos anos, ambas as partes têm promovido ativamente a coopera??o prática em várias áreas através da Iniciativa Cintur?o e Rota, gerando benefícios específicos para suas popula??es.
Como observa um antigo provérbio chinês: "Existem regras imutáveis para governar um país, sendo que o mais fundamental é beneficiar o povo." No Peru, também há um ditado que diz: "A voz do povo é a voz de Deus". O presidente Xi Jinping enfatizou repetidamente que a coopera??o entre a China e a América Latina deve ser voltada para gerar benefícios concretos para seus povos.
Em maio de 2017, Xi enfatizou que a América Latina é a extens?o natural da Rota da Seda Marítima do Século XXI. Ele expressou que a China está pronta para expandir a coopera??o com a América Latina, incluindo o alinhamento de suas estratégias de desenvolvimento por meio da Iniciativa Cintur?o e Rota, e construir em conjunto uma comunidade com um futuro compartilhado.
Até agora, mais de 20 na??es da regi?o aderiram à família de constru??o conjunta do Cintur?o e Rota, dez assinaram planos de coopera??o com a China neste quadro e o apoio regional à Iniciativa de Desenvolvimento Global continua a aumentar.
Nos últimos dez anos, a coopera??o econ?mica e comercial entre a China e a ALC experimentou um rápido crescimento. Em 2024, o volume de comércio China-ALC atingiu um recorde de US$ 518,4 bilh?es, o dobro de uma década atrás. A China permaneceu como o segundo maior parceiro comercial da ALC por anos consecutivos, bem como o principal parceiro comercial de países como Brasil, Chile, Peru e Uruguai.
A China implementou mais de 200 projetos de infraestrutura na regi?o, criando mais de um milh?o de empregos. A China também tem cooperado ativamente em termos de capacidade de produ??o, fornecendo "solu??es chinesas" para ajudar a regi?o a superar gargalos de desenvolvimento e melhorar seu nível de industrializa??o. Além disso, o país promoveu efetivamente o desenvolvimento econ?mico e social local, forjando um "modelo China-ALC" de benefício mútuo e resultados positivos para todos.
Em novembro de 2024, o megaprojeto portuário de Chancay, no Peru, iniciou oficialmente suas opera??es sob o olhar atento do presidente chinês Xi Jinping e de sua contraparte peruana, Dina Boluarte. Este porto é um projeto histórico, promovido pessoalmente pelos chefes de Estado de ambos os países, e representa um projeto fundamental para a coopera??o de alta qualidade entre a China e o Peru no ambito da constru??o conjunta da Iniciativa Cintur?o e Rota. Como o primeiro porto inteligente e verde da América do Sul, o Porto de Chancay pode reduzir o tempo de transporte entre a América do Sul e a ásia em 10 dias.
"A inaugura??o do megaporto de Chancay constitui um momento histórico para o Peru e todos os peruanos", disse Boluarte, observando que o porto ajudará o Peru a se estabelecer como uma porta de entrada crucial que conecta a América Latina e a ásia, ao mesmo tempo que promove a integra??o e a prosperidade em toda a América Latina.
No vasto território da América Latina e do Caribe, muitos projetos como o Porto de Chancay foram estabelecidos. O projeto de transmiss?o elétrica de ultra-alta tens?o de Belo Monte, no Brasil, ajuda a resolver o problema de transmiss?o de longa distancia e consumo de energia hidrelétrica limpa no sudeste do Brasil. Além disso, em Bogotá, capital da Col?mbia, o sonho de um metr? dos moradores se tornou realidade com a conclus?o da Linha 1, construída por empresas chinesas. Da mesma forma, o conglomerado de energia eólica Helios, na Argentina, fornece energia limpa para 360 mil residências. A primeira rodovia moderna da Jamaica reduziu o tempo de viagem entre as costas sul e norte em mais da metade. A coopera??o de satélite entre a China e a Bolívia garante acesso gratuito a programas de televis?o para 500 mil domicílios. Esses e muitos outros projetos produziram resultados tangíveis para os países da América Latina e do Caribe, melhorando a vida das popula??es locais.
Como um firme defensor do livre comércio global, o presidente Xi continua a promover ativamente a facilita??o do comércio entre a China e a América Latina, proporcionando um impulso constante ao desenvolvimento econ?mico bilateral.
Até o momento, cinco países latino-americanos (Chile, Peru, Costa Rica, Equador e Nicarágua) se tornaram parceiros de livre comércio com a China. Além disso, a China assinou um Acordo de Colheita Antecipada no ambito das negocia??es do Acordo de Livre Comércio China-Honduras e um protocolo de otimiza??o para o Acordo de Livre Comércio China-Peru. A ALC se tornou a regi?o com mais acordos de livre comércio assinados com a China fora da ásia.
O acordo de livre comércio de alto nível entre a China e a América Latina impulsionou efetivamente o crescimento do comércio bilateral e beneficiou empresas e cidad?os de ambos os lados.
Em 2017, China e Chile assinaram um acordo bilateral para atualizar o acordo do livre comércio entre os dois países. Esta é a primeira atualiza??o de tal acordo entre a China e um país latino-americano. Esta medida n?o apenas injeta uma nova for?a motriz na coopera??o prática entre a China e o Chile, mas também estabelece uma nova referência para a coopera??o da China com outros países latino-americanos e um novo modelo para o mundo.
Em 2017, Hernán Garcés Gazmuri, produtor chileno de cerejas, mudou-se para Shanghai com sua família para explorar o mercado chinês. Por vários anos consecutivos, essa fruta se tornou um produto de destaque durante a temporada da Festa da Primavera da China. Seja por via aérea ou marítima, de norte a sul, diversas "rotas expressas de cereja" operam a toda velocidade, levando a fruta às mesas dos consumidores chineses.
Em 2024, as exporta??es de cerejas chilenas atingiram US$ 3,574 bilh?es, marcando um aumento anual de 51,4%, com mais de 90% indo para o mercado chinês. Segundo dados do Ministério da Agricultura do Chile, a área cultivada com cerejas quase dobrou nos últimos cinco anos, consolidando essa fruta como um pilar fundamental da indústria frutífera do país.
Segundo Garcés, este é um "claro exemplo de ganha-ganha". O empresário destacou a gera??o de empregos no Chile, desde a colheita até a embalagem, o que gera uma dinamica positiva gra?as ao mercado chinês.
APRENDIZAGEM MúTUA ENTRE CIVILIZA??ES PROMOVE COMPREENS?O ENTRE CORA??ES
Escondidas na floresta tropical do noroeste de Honduras est?o as ruínas de Copán, um dos maiores e mais antigos sítios arqueológicos da civiliza??o maia. Desde 2015, pesquisadores chineses e hondurenhos lideram uma equipe arqueológica conjunta para realizar trabalhos e alcan?ar uma série de resultados importantes.
"Grandes Civiliza??es Antigas, China e Tawantinsuyu no Peru" e "Jaguar, um Totem da Mesoamérica: Exposi??o de Civiliza??es Antigas Mexicanas" s?o apenas algumas das exposi??es e mostras nos últimos anos, exibindo a história e os valores compartilhados entre os povos da China e da ALC.
Gra?as a esses eventos, realizados na China e na ALC, tesouros nacionais de ambos os lados puderam se envolver em diálogos frequentes através do tempo e do espa?o. Isso permitiu que pessoas de ambos os lados apreciassem de perto as longas e esplêndidas civiliza??es antigas de cada lado e sentissem uma forte ressonancia cultural.
"Apesar da grande distancia entre a China e a América Latina e o Caribe, os povos de ambos os lados compartilham uma afinidade natural", disse Xi. O líder chinês atribui grande importancia aos intercambios culturais e à aprendizagem mútua entre civiliza??es e defende a consolida??o da base da opini?o pública para o desenvolvimento de longo prazo das rela??es China-América Latina por meio do diálogo entre civiliza??es.
Embora os exemplos sejam inúmeros e novas referências continuem a aparecer, há exemplos notáveis de pontes entre as duas culturas, como o fato de que as máscaras de ouro incas descobertas no Peru s?o muito semelhantes às descobertas no sítio de Sanxingdui, na China. O famoso pintor chileno José Venturelli, que viveu na China por muitos anos, usou a técnica chinesa de tinta e aguada para criar diversas obras, como "O Rio Yangtzé", uma pintura repleta de seu profundo amor pela China. O escritor e poeta argentino Jorge Luis Borges fez repetidas referências em suas obras, como "O Bast?o de Laca", a elementos chineses como Zhuangzi e sua reflex?o sobre sonhar em ser uma borboleta, bem como à Grande Muralha.
Cada vez que visitou a América Latina, o presidente Xi fez men??o especial à longa história das civiliza??es locais, usou os tesouros culturais da China como uma ponte para recontar a longa história de intercambios culturais entre os dois lados e discutiu como usar a sabedoria dos ancestrais para lidar melhor com os problemas atuais, gerando uma forte ressonancia emocional entre o povo latino-americano.
A alta considera??o de Xi pelas trocas e aprendizagem mútua entre civiliza??es impressionou Jenny Acosta, diretora do Instituto Confúcio da Universidade Nacional Aut?noma do México.
"O presidente Xi Jinping n?o só confia em sua própria grande cultura, mas também reconhece o valor excepcional de outras culturas nacionais", disse a acadêmica mexicana.
"Nos últimos dez anos, os intercambios entre pessoas atingiram um novo patamar", disse Qiu, acrescentando que os países da América Latina e do Caribe reconhecem amplamente a Iniciativa de Civiliza??o Global, enquanto o Fórum de Diálogo entre as Civiliza??es da China e ALC foi realizado com sucesso sete vezes. A China concedeu um total de 17 mil bolsas de estudo governamentais e 13 mil vagas de treinamento na China para países da regi?o, dos quais 19 assinaram 26 acordos de coopera??o ou memorandos de entendimento com a China na área de educa??o. Além disso, 68 institutos ou salas de aula de Confúcio foram estabelecidos em 26 países da América Latina e do Caribe.
Da mesma forma, a China incluiu muitos países latino-americanos na sua lista de transito isento de visto por um período de 240 horas. Vários países da regi?o designaram a Festa da Primavera como feriado oficial.
"As palavras do presidente Xi Jinping s?o facilmente compreendidas na América Latina. Devemos continuar a nos esfor?ar para garantir que a coopera??o internacional prevale?a sobre os conflitos e que possamos continuar trabalhando para construir agendas que garantam o maior progresso para todas as nossas civiliza??es, mas também o mais pleno respeito aos direitos humanos para todos", disse Lugris.
Chai Yu observou que, impulsionados pelo presidente Xi Jinping, os intercambios entre as civiliza??es chinesa e latino-americanas vêm se aprofundando. Diante das mesmas tarefas de desenvolvimento e revitaliza??o, ambos os lados mantiveram intercambios aprofundados sobre experiências de governan?a e exploraram o caminho em dire??o à moderniza??o.
"Eles destacam o carinho e a aten??o do presidente Xi pela América Latina e Caribe, o que reflete plenamente sua responsabilidade e compromisso como líder de um grande país em desenvolvimento, bem como seu espírito de solidariedade com o mundo", disse Chai.
COOPERA??O CHINA-CELAC PROMOVE GOVERNAN?A GLOBAL
"Se quiser ir rápido, caminhe sozinho, se quiser ir longe, caminhe acompanhado", Xi citou este provérbio latino-americano para expressar a sua esperan?a na coopera??o entre a China e a ALC.
Como líder do maior país em desenvolvimento do mundo, o presidente Xi observou que o mundo de hoje está passando por mudan?as aceleradas nunca vistas em um século, e que o Sul Global, incluindo a China e os países da América Latina e do Caribe, está crescendo com forte impulso.
Xi observou que a essência da coopera??o China-América Latina é uma rela??o Sul-Sul, caracterizada por ajuda e apoio mútuos, vantagens complementares e coopera??o benéfica para todos. Ele defendeu ativamente que ambos os lados contribuam com sabedoria e for?a para enfrentar os desafios globais, promover a reforma da governan?a global e salvaguardar a paz e a estabilidade mundiais.
A China e a ALC compartilham um quinto da área terrestre do planeta, um quarto de sua popula??o e um quarto da produ??o econ?mica global, desfrutando, portanto, de enorme dinamismo de desenvolvimento e potencial de crescimento. Elas também s?o uma parte importante do Sul Global.
Na última década, a coordena??o internacional deu novos passos. A China, a América Latina e o Caribe enfatizam o respeito mútuo e a considera??o pelos interesses fundamentais e preocupa??es principais de cada um, defendem resolutamente a soberania nacional e a integridade territorial e se op?em à interferência nos assuntos internos de outros países, bem como à hegemonia e à política de poder.
A China e os países da ALC mantêm uma comunica??o próxima em plataformas como as Na??es Unidas, o G20, a APEC e o BRICS, promovendo a reforma do sistema de governan?a global e salvaguardando os interesses comuns dos países em desenvolvimento.
China e Brasil emitiram conjuntamente o consenso de seis pontos para promover uma solu??o política para a crise na Ucrania e, juntamente com outros países do Sul Global, lan?aram o Grupo de Amigos pela Paz nas Na??es Unidas. Este grupo recebeu amplo apoio da comunidade internacional e contribuiu com a for?a do Sul Global para manter a paz mundial e promover a resolu??o de problemas críticos.
A cria??o do Fórum China-CELAC foi um marco para a regi?o, com o objetivo de estimular a coopera??o Sul-Sul. Desde a Cúpula de Beijing, se observa um compromisso com o multilateralismo que vai além dos la?os bilaterais entre a China e os países da ALC, afirmou Javier Vadell, professor associado da Faculdade de Rela??es Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, no Brasil, em uma tese.
De acordo com o artigo "10 anos do Fórum China-CELAC: Avalia??o e desafios para o desenvolvimento do Sul em um mundo multipolar", publicado na revista Ibero-América Studies em fevereiro de 2024, em um mundo turbulento, Beijing está refor?ando, com a Iniciativa Cintur?o e Rota, a ideia de coopera??o Sul-Sul e fortalecendo o Sul Global na governan?a global, colocando a ALC em uma posi??o favorável para avan?ar nesse sentido.
Qiu apontou que, ao fortalecer a unidade e a coopera??o e reunir a for?a de dois bilh?es de pessoas, a China e a ALC n?o apenas formam um vasto mercado através do Oceano Pacífico, fornecendo um ímpeto inesgotável para resistir a correntes contrárias como o unilateralismo e o protecionismo, bem como para alcan?ar seus respectivos desenvolvimento e revitaliza??o, mas também estabelecem um novo paradigma para a coopera??o Sul-Sul e contribuem significativamente para salvaguardar a paz e o desenvolvimento mundiais.
"Com a realiza??o conjunta da quarta reuni?o ministerial do Fórum China-CELAC, a China e a ALC enviar?o ao mundo a voz da unidade e da colabora??o para enfrentar os desafios. Ambas as partes aproveitar?o as oportunidades em meio à crise para promover um novo e maior desenvolvimento de suas rela??es, a fim de injetar mais certeza em um mundo turbulento e contribuir com mais for?a da China e da ALC para o desenvolvimento e o progresso humanos", concluiu Qiu.