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50 anos das Rela??es Diplomáticas Europa–China: maior prioridade à Parceria Estratégica Global

Fonte: CRI Português    28.07.2025 10h19

Por Rui Lourido 

Rui Lourido, presidente do Observatório da China

As popula??es da China e da Uni?o Europeia (UE) representam mais de um quarto da popula??o mundial. A República Popular da China e a Comunidade Económica Europeia, atual UE, estabeleceram rela??es diplomáticas oficiais em 6 de maio de 1975 e, ao longo destes 50 anos, têm sempre encontrado formas responsáveis de contribuir para a estabilidade social e económica mundial.

Perante as profundas altera??es geopolíticas e económicas que, paulatinamente, têm contribuído para o refor?o do mundo multipolar, desafiando a hegemonia de uma única potência, a China tem criado condi??es para o debate regular e pacífico dos temas internacionais mais relevantes e respetivas discordancias, nomeadamente nas rela??es da China com a Uni?o Europeia. A cimeira de celebra??o do 50o aniversário das rela??es diplomáticas entre a Europa e a China ocorrerá em Beijing a 24 de julho de 2025, num contexto de acelerada moderniza??o, desenvolvimento tecnológico e científico, e de uma maior abertura da China ao investimento direto estrangeiro, em novas áreas da economia chinesa. A Comiss?o Europeia quer discutir o controle da exporta??o chinesa de terras raras, os desequilíbrios de acesso ao mercado (incluindo produtos sanitários e fitossanitários, cosméticos e farmacêuticos), bem como o acesso dos veículos elétricos e das baterias chinesas ao mercado europeu e o alargamento das importa??es chinesas de carne de porco, produtos lácteos e aguardentes da UE.

A energia criativa do povo chinês, enquadrada pelas estruturas sociais e políticas do Estado Chinês, permitiu uma rápida recupera??o económica da China após a COVID-19, o que contribuiu, determinantemente, para atenuar a recess?o económica europeia. Em simultaneo, o papel da China nas cadeias de abastecimento das economias do G7 cresceu.

No entanto, a retórica anti China (decoupling) dos governos dos EUA, da UE e do Reino Unido (de-risking) agravou-se em 2023 e 2024, sob o pretexto de tentar pressionar a China a abandonar a sua neutralidade em rela??o à guerra na Ucrania e alterar a sua posi??o de condena??o do genocídio de Israel na Faixa de Gaza e das guerras de expans?o de Israel no médio oriente.

A Comiss?o Europeia e alguns governos europeus, tradicionalmente seguidistas dos interesses dos EUA, têm-se submetido acriticamente à retórica anti China e às press?es e chantagens dos sucessivos governos dos EUA, as quais visam tentar impedir o desenvolvimento e neutralizar a China como concorrente comercial e económico através de san??es unilaterais, violando as regras da Organiza??o Mundial do Comércio. Assim, a UE passou a designar a China como “rival sistémico”, esquecendo frequentemente os interesses da sua popula??o em geral e dos empresários europeus em particular. As tens?es UE-China têm vindo a ser alimentadas por diversas quest?es concretas, nomeadamente ao nível da produ??o industrial chinesa, inovadora e tecnológica, acusada de demasiado eficiente (“produzindo em excesso” e a “pre?os inferiores aos do mercado europeu”). A produ??o de a?o, de veículos elétricos e de baterias s?o exemplos de produtos objeto desta press?o. A rea??o da UE tem-se concretizado através de aplica??o de taxas alfandegárias antidumping sobre diversos produtos chineses, conduzindo a medidas igualmente retaliatórias de tarifas chinesas sobre alguns produtos europeus.

Contudo, há sinais encorajadores de uma mudan?a conjuntural da elite governante europeia que, perante a atual guerra de tarifas dos EUA à Europa, tem levado o atual presidente do Conselho Europeu, António Costa, e a presidente da Comiss?o Europeia, Ursula von der Leyen, a declarar uma maior abertura da UE a aprofundar as rela??es económicas com a China, de forma a compensar a eventual retra??o das rela??es entre a UE e os EUA, bem como a perda do mercado da Federa??o Russa.

O atual agravamento da guerra de tarifas à UE tem levado mais líderes governamentais europeus, nomeadamente de Portugal, Espanha, Fran?a e Alemanha a visitarem a China para aprofundar a coopera??o económica. Neste contexto, a Parceria Estratégica Abrangente entre a China e a Uni?o Europeia, estabelecida em 2003, ganhou maior relevancia no atual contexto internacional.

No passado mês de junho, a Comiss?o de Negócios Estrangeiros do Parlamento Francês adotou um relatório sobre as rela??es Europa-China, onde critica a UE de estar excessivamente alinhada com os interesses dos EUA em detrimento das rela??es com a China.

A Uni?o Europeia descreve a sua política face à China como multifacetada. Em 2024 a China foi o 3o maior parceiro da UE, quer em mercadorias quer em servi?os. Por outro lado, a UE é o principal parceiro comercial da China. Segundo os dados do Conselho da Uni?o Europeia, em 2024, o comércio entre a UE e a China excedeu 845 bili?es de Euros, o que representou quase um ter?o do comércio global, quer a nível de mercadorias quer de servi?os. Em percentagem representou cerca de 29.6% do comércio global e cerca de 34.4% do Produto Interno Bruto. Sendo que a importa??o de mercadorias da China foi de 519 bili?es de euros e de servi?os foi de 45.5 bili?es de Euros. As exporta??es de mercadorias para a China atingiram o valor de 213.2 bili?es de euros e as exporta??es de servi?os foram de 67.3 bili?es de Euros.

Em 2024, as importa??es europeias da China aumentaram 102% e as exporta??es para a China cresceram cerca de 47%. As mercadorias chinesas mais importadas pela UE foram nos setores das telecomunica??es, áudio-equipamentos, máquinas de escritórios (como os computadores), maquinaria elétrica, entre outros. As mercadorias europeias mais exportadas para a China foram maquinaria, motores de carros e de outros veículos.

A China desempenha um papel essencial na estabilidade e promo??o da economia mundial. Como a segunda maior economia do mundo, contribuiu, em 2024, com mais de 30% para o desenvolvimento e estabilidade da economia mundial.

No que respeita ao combate às altera??es climáticas consideramos ser vantajoso para a UE compartilhar conhecimento e investimentos com as empresas chinesas que tem vindo a inovar, nomeadamente, na tecnologia dos motores e baterias dos veículos elétricos, na produ??o de energias verdes e no enorme incremento da refloresta??o sustentável feita na China.

As rela??es intercivilizacionais China-Europa s?o milenares. A Europa foi influenciada mais diretamente pela civiliza??o chinesa, através dos navegadores portugueses, com acesso direto a novas tecnologias e inova??es chinesas, como o papel, a pólvora, o chá, a seda e a porcelana, e ao pensamento filosófico chinês que influenciou o Iluminismo europeu. A Europa também contribuiu com inova??es como a máquina a vapor e novas plantas vindas de outros continentes, como o milho e a batata.

A Europa deve considerar a China como um parceiro e n?o como uma amea?a, promovendo o refor?o das rela??es económicas e culturais mutuamente benéficas. O respeito mútuo e o diálogo intercultural s?o relevantes na promo??o dos estudos chineses na Europa, na organiza??o de bibliotecas digitais, na realiza??o de conferências, exposi??es e espetáculos. O diálogo económico e cultural fortalece as sinergias entre a Europa e a China nas sociedades multiétnicas e multiculturais.

A diplomacia chinesa considera que, apesar das diferen?as entre a China e a Europa, n?o existem interesses inconciliáveis. A rela??o entre ambos se tem mantido estável ao longo das décadas por meio do respeito mútuo e do diálogo para a supera??o das divergências. Segundo as autoridades chinesas, o aprofundamento da parceria estratégica global atende aos interesses das na??es e contribui para a estabilidade mundial.

(O autor é o presidente do Observatório da China.)

Fonte: CMG

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