O Ministério do Comércio da China defendeu no domingo as medidas de controle de exporta??o do país sobre terras raras e itens relacionados como uma a??o legítima, pedindo aos Estados Unidos que administrem adequadamente as diferen?as por meio de diálogos e com base no respeito mútuo e na consulta em pé de igualdade.

A China, como um grande país responsável, emprega controles de exporta??o sobre itens relacionados de acordo com a lei, a fim de melhor defender a paz mundial e a estabilidade regional, e cumprir a n?o prolifera??o e outras obriga??es internacionais, disse um porta-voz do ministério em resposta a perguntas da mídia, observando que a China tomou nota dos usos importantes de terras raras médias e pesadas e itens relacionados no campo militar.

A China fez uma avalia??o completa do possível impacto das medidas nas cadeias industriais e de suprimentos com antecedência e está certa de que o impacto relacionado é muito limitado, disse o porta-voz, indicando que antes do anúncio das medidas, a China já havia notificado os países e regi?es relevantes por meio de mecanismos de diálogo sobre controle de exporta??o bilateral.

"Os controles de exporta??o da China n?o s?o proibi??es de exporta??o", disse o porta-voz. "Todos os pedidos de exporta??o em conformidade com uso civil podem obter aprova??o, para que as empresas relevantes n?o precisem se preocupar."

A China está pronta para trabalhar com o resto do mundo para intensificar o diálogo e o intercambio sobre controle de exporta??o, de modo a salvaguardar melhor a seguran?a e a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais, de acordo com o porta-voz.

No futuro, o governo chinês realizará revis?es de acordo com as leis e regulamentos, concederá licen?as a pedidos elegíveis, e considerará ativamente a aplicabilidade de medidas de facilita??o, como licen?as gerais e isen??es de licen?as, para promover efetivamente o comércio legítimo, disse o porta-voz.

Em resposta a uma pergunta sobre o anúncio dos EUA de impor uma tarifa de 100% sobre a China e o controle de exporta??o sobre todos os softwares críticos, o porta-voz disse que a China sempre adota uma posi??o de princípio justa e razoável e implementa medidas de controle de exporta??o de maneira prudencial e moderada, enquanto as observa??es dos EUA refletem o "padr?o duplo" típico.

Por muito tempo, os Estados Unidos têm exagerado o conceito de seguran?a nacional, abusando do controle de exporta??o, tomando a??es discriminatórias contra a China e impondo medidas unilaterais de jurisdi??o de bra?o longo sobre vários produtos, incluindo equipamentos semicondutores e chips, disse o porta-voz.

A Lista de Controle de Comércio dos EUA cobre mais de 3.000 itens, enquanto a Lista de Controle de Exporta??o de Itens de Uso Duplo da China cobre apenas cerca de 900, disse o porta-voz, observando que os EUA há muito tempo imp?em a regra "de minimis" para controles de exporta??o, com um limite mais baixo de 0%.

Essas medidas do lado dos EUA prejudicaram seriamente os direitos e interesses legítimos e legais das empresas, perturbaram gravemente a ordem econ?mica e comercial internacional e minaram gravemente a seguran?a e a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais, disse o porta-voz.

Particularmente desde as negocia??es econ?micas e comerciais China-EUA em Madri em setembro, os Estados Unidos, em apenas 20 dias, introduziram uma série de novas medidas restritivas visando a China, observou o porta-voz.

Os EUA colocaram várias entidades chinesas na Lista de Entidades e na Lista de Nacionais Especialmente Designados, expandiram arbitrariamente o escopo do controle sobre as empresas com a Regra de Afiliados que afeta milhares de empresas chinesas e persistiram com a implementa??o das medidas da Se??o 301 visando as indústrias marítima, logística e de constru??o naval da China, desconsiderando as preocupa??es e a boa vontade da China, disse o porta-voz.

O porta-voz enfatizou que as a??es dos EUA prejudicaram gravemente os interesses da China e minaram a atmosfera das negocia??es econ?micas e comerciais bilaterais, e a China se op?e resolutamente a elas.

"Amea?as intencionais de altas tarifas n?o s?o a maneira certa de se dar bem com a China", enfatizou o porta-voz. "A posi??o da China sobre a guerra comercial é consistente: n?o a queremos, mas n?o temos medo dela."

A China pede aos EUA que corrijam prontamente suas práticas erradas, adiram aos importantes consensos dos telefonemas entre os dois chefes de Estado, protejam os resultados duramente conquistados das consultas, continuem a usar o mecanismo de consulta econ?mica e comercial China-EUA, e abordem as respectivas preocupa??es e administrem adequadamente as diferen?as por meio de diálogos e com base no respeito mútuo e na consulta em pé de igualdade, de modo a garantir o desenvolvimento estável, saudável e sustentável da rela??o econ?mica e comercial China-EUA, disse o porta-voz.

"Se os Estados Unidos insistirem em seguir o caminho errado, a China certamente tomará medidas resolutas para proteger seus direitos e interesses legítimos", acrescentou o porta-voz.

Em resposta a uma pergunta sobre as contramedidas da China contra a imposi??o de taxas portuárias pelos EUA sobre navios chineses relacionados em 14 de outubro, o porta-voz disse que a prática dos EUA viola gravemente as regras da Organiza??o Mundial do Comércio e infringe o princípio de igualdade e benefício mútuo do Acordo de Transporte Marítimo China-EUA, e é um ato de unilateralismo típico.

Desde as negocia??es econ?micas e comerciais em Londres, a China se engajou em consultas e comunica??es com os EUA sobre o assunto, forneceu uma resposta por escrito às acusa??es infundadas contra a China no relatório de investiga??o da Se??o 301 e fez recomenda??es de potencial coopera??o bilateral em indústrias relacionadas, disse o porta-voz.

No entanto, os EUA mostraram uma atitude negativa e persistem deliberadamente na implementa??o dessas medidas, acrescentou o porta-voz.

As contramedidas da China s?o atos necessários de defesa passiva e visam manter os direitos e interesses legítimos das indústrias e empresas chinesas, bem como a igualdade de condi??es dos mercados internacionais de transporte marítimo e constru??o naval, enfatizou o porta-voz.

Espera-se que os EUA enfrentem seu erro, avancem com a China na mesma dire??o e retornem ao caminho certo de diálogo e consulta, disse o porta-voz.