MOSCOU, 7 de maio (Diário do Povo Online) - “Cerca de dez navios militares da marinha russa e da marinha do Exército Popular de Liberta??o da China participar?o da manobra ‘Coopera??o Marítima 2015’”. O Ministério de Defesa Nacional russo anunciou na ter?a-feira (5) que a primeira manobra militar China-Rússia no Mar Mediterraneo será realizada entre os dias 11 e 21 deste mês.

Embora a China envie apenas três navios ao Mar Negro e os dois países tenham declarado que a manobra “n?o será dirigida contra uma terceira parte”, os veículos de imprensa ocidental continuam a prestar aten??o à “ambi??o” da marinha chinesa e advinhar “sinais políticos” emitidos pela China e Rússia.

No ensaio de parada realizado ontem (6) na Pra?a Vermelha, os soldados da guarda de honra das for?as armadas chinesas foram destaques nos exércitos estrangeiros. A imprensa russa também coloca o presidente chinês, Xi Jinping, como um dos “hóspedes mais importantes” na parada a ser realizada no sábado (9)

Além do anfitri?o, os exércitos de outros dez países também particparam do ensaio realizado ontem (6) na Pra?a Vermelha, tais como o Cazaquist?o, Quirguist?o, Tajiquist?o, Azerbaij?o, Mongólia, índia, Sérvia, Armênia, Bielorrússia e China. A guarda de honra chinesa, com 112 soldados, é o maior esquadr?o dos exércitos estrangeiros participantes do evento. O Ministério de Defesa russo atribuiu, no mesmo dia, uma condecora??o comemorativa à guarda de honra chinesa em Moscou.

De acordo com a autoridade russa, os líderes de 30 países v?o assistir ao evento, mas o número real pode ser menos. A mídia russa revelou que o presidente tcheco, Milos Zeman, e o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, v?o visitar a Moscou e realizar conversas bilaterais com os líderes russos no sábado (9), mas n?o v?o assistir à parada. Segundo a agência de notícias TASS, a condi??o de apoio à visita do presidente tcheco à Rússia pelos membros do seu governo é que o presidente “n?o participará do desfile”.

A ausência do presidente da Bielorrússia, Alexander Gligolievich Lukasenko, um dos aliados mais próximos da Russia, também é um grande desapontamento para a imprensa russa. O website do jornal russo Pravda publicou na ter?a-feira (5) uma reportagem intitulada “os apoiadores de Hitler n?o assistir?o à parada do Dia da Vitória em Moscou”, expressando a insatisfa??o com os aliados europeus que lutavam conjuntamente com a Uni?o Soviética na Guerra Anti-Fascista.

No entanto, alguns países s?o apoiadores firmes da Rússia, como por exemplo, líderes de todo os países do Brics participar?o do evento, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon também comparecer?o ao desfile.

Segundo o jornal japonês Yomiuri Shimbun, a participa??o de Xi Jiping na parada do Dia da Vitória “demonstra sua amizade pessoal” com o presidente Putin. Tokyo Shinbun afirmou que os líderes chinês e russo estar?o lado a lado no desfile para mostrar uma forte alian?a sino-russa. A China realizará, no dia 3 de setembro, a cerim?nia comemorativa do 70o aniversário da vitória da Guerra Anti-Japonesa, e Putin também assistirá ao evento, aprofundando as rela??es de confian?a com Xi Jinping, “seu amigo mais próximo”, acrescentou a reportagem.

Nos últimos dias, a atmosfera festiva do Dia da Vitória tem se espalhado nas ruas de Moscou. Um mês atrás, as bandeira da Rússia e do Dia da Vitória e bonés do Exército Vermelho da Uni?o Soviética come?aram a ser vendidos nas ruas. As bandeiras vermelha e azul com decora??o de fitas de S?o George foram penduradas nas principais ruas da caiptal russa. As fitas com listras laranjadas e pretas, que significam a vitória e bravura, foram desenhada especialmente para comemorar a vitória da Grande Guerra Patriótica. Os habitantes de Moscou também amarraram as fitas nos seus carros.