BEIJING, 11 de jun (Diário do Povo Online) - Foi realizado na quarta-feira (10), em Beijing, o Seminário da Política e Economia Brasileira, organizado pelo Instituto de Estudos da América Latina da Academia de Ciências Sociais da China. O seminário foi presidido pelo ex-embaixador chinês no Brasil e diretor do Centro de Estudos do Brasil da Academia, Chen Duqing, e especialistas chineses e brasileiros da Academia de Ciências Sociais, Banco do Desenvolvimento da China, embaixada brasileira na China, e Instituto de Rela??es Internacionais Modernas analisaram a atual situa??o política, econ?mica e diplomática do Brasil e apresentaram suas opini?es sobre a coopera??o sino-brasileira em nova era.
Quanto à política e economia brasileira, os especialistas apontaram que nos recentes anos, a economia brasileira tem desenvolvido rapidamente em geral, com maior influência internacional, mas o desenvolvimento do país ainda tem diversos problemas. Eles consideraram que a economia brasileira está enfrentando a press?o de recess?o, o escandalo de corrup??o da Petrobras tem amplo impacto à situa??o política do país, e a insatisfa??o da classe média brasileira, que ocupa uma grande parte da popula??o nacional, aumentou a press?o social do país.
O primeiro-secretário da embaixada brasileira na China, Augusto Castro, falou sobre as rela??es bilaterais entre a China e o Brasil nos últimos anos nos setores de diplomacia, economia, comércio, agricultura, finan?a, entre outros. Segundo ele, de 2014 a 2015, o presidente chinês Xi Jinping e premiê chinês Li Keqiang têm visitado o Brasil e os dois países têm assinado mais de 90 acordos. Ele afirmou que, como países membros do BRICS, a China e o Brasil têm grande complementaridade econ?mica. O Brasil exportou grande quantidade de soja e minério de ferro à China e os dois países ganharam resultados frutíferos na coopera??o na área aeroespacial, biotecnológica, financeira, entre outras. O Brasil também é o único país membro fundador do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII) nas Américas, acrescentou Castro. Ele disse que tudo isso mostra que nos últimos anos, a China e o Brasil têm realizado visitas de alto nível e intercambios comerciais frequentes e a coopera??o bilateral tem desenvolvido rapidamente, o que estreitaram ainda mais as rela??es entre os dois países.
Além disso, os especialistas s?o otimistas sobre o futuro da colabora??o econ?mica e comercial sino-brasileira. O Dr. Luo Feifei, do Banco do Desenvolvimento da China, assinalou que é verdade que ainda existem problemas na coopera??o comercial e econ?mica bilateral, tais como o desequilíbrio da estrutura comercial, concentra??o excessiva de investimentos das indústrias, falta de diversifica??o dos investidores, entre outros. No entanto, ele considerou que no futuro, os dois países ainda têm grande potencialidade na coopera??o em constru??o de infraestruturas, minera??o, explora??o de gás e petróleo no mar, manufatura de máquinas, Internet, comércio eletr?nico, indústria cultural, entre outros. As empresas chinesas no Brasil precisam de obter conhecimentos profundos sobre a situa??o política e econ?mica local e aprender com casos reais de negócios, a fim de fazer integra??o de recursos e enfrentar conjuntamente os desafios, disse Luo.
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