WASHINGTON,20 de jul (Diário do Povo) – Os Estados Unidos e Cuba v?o formalizar nesta segunda-feira (20) o restabelecimento de suas rela??es diplomáticas com a abertura de embaixadas em Washington e Havana, um passo histórico que encerra mais de um meio século de ruptura e desconfian?a.
O secretário assistente do Departamento de Estado norte-americano, Roberta J. Jacobson, e o ministro das Rela??es Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, v?o assistir à cerim?nia de reabertura da embaixada cubana em Washington, que se localiza em uma linha reta desde a Casa Branca. Rodriguez, que ainda vai manter uma conversa com seu colega americano, John Kerry, será o primeiro chanceler cubano a visitar os EUA desde 1959.
Com o restabelecimento das rela??es diplomáticas, uma bandeira cubana será i?ada na sede do Departamento de Estado americano. Ao mesmo tempo, a Se??o de Interesses Norte-americanos em Havana será transformada em embaixada.
A reabertura das embaixadas simboliza o encerramento de ruptura dos dois países. Para tal objetivo, os representantes dos dois países realizaram várias rodadas de diálogo desde dezembro do ano passado.
O presidente cubano, Raúl Castro, definiu esta semana como a conclus?o da "primeira fase" do processo de "normaliza??o", cujo principal objetivo é acabar com o embargo econ?mico contra Cuba, em vigor desde 1962.
Mas, a normaliza??o completa das rela??es diplomáticas entre Washington e Havana será um processo complicado e duro e o restabelecimento das rela??es n?o significa o fim das divergências.
No início de julho, Cuba apresentou suas condi??es para retomar as rela??es: acabar com o embargo econ?mico e comercial contra Cuba, devolver a base naval de Guantánamo, compensar as perdas por causa do embargo, parar a propaganda contra Cuba na TV e rádio em Flórida.
Por outro lado, o presidente Obama também encontrou algumas dificuldades no caminho de normaliza??o com Cuba. Os republicanos, que predominam o Congresso americano, se op?em à melhoria das rela??es com Cuba, alegando que a a??o é dar apoio ao líder comunista de Cuba.
Analistas apontam que se os republicanos tomarem o poder no futuro, será uma dúvida se os EUA podem continuar a manter rela??es amistosas com Cuba