Beijing, 12 de agosto (Diário do Povo Online) – O banco central da China reviu esta ter?a-feira a taxa de paridade do Yuan para dar express?o ao mercado que respondeu com uma queda acentuada.
No entanto, a queda de dois por cento do Yuan foi uma rea??o há muito esperada pelo mercado, no lugar de ser sinal de deprecia??o pelo órg?o regular.
O desempenho do yuan nesta ter?a-feira n?o deve ser visto como uma surpresa já que a moeda chinesa conheceu uma razoável estabilidade ao longo dos últimos meses, numa altura em que o euro, Yen e todas as moedas das economias emergentes sucumbiam perante o dólar.
O consenso global é de que o dólar americano só vai continuar a ser mais forte em rela??o a outras moedas. Enquanto outras economias enfrentam uma batalha económica letárgica, os Estados Unidos come?am a desfrutar de uma robusta recupera??o e a Reserva Federal está cogitando aumentar as taxas de juros.
O mercado já esperava que o yuan se depreciasse e quando se reviu a taxa orientadora -- para refletir totalmente este sentimento -- a rea??o do mercado foi para colmatar as diferen?as previamente acumuladas entre a taxa anterior e a taxa de mercado.
A China n?o necessita de uma moeda em queda livre. Um yuan mais fraco pode contrariar a queda nas exporta??es, mas uma prolongada deprecia??o iria provocar fuga de capitais, perturbar o sistema financeiro e reduzir a confian?a dos investidores no yuan.
O objetivo é manter a taxa de cambio do yuan "estável a um nível razoável", segundo um comunicado de imprensa do banco central relacionado a revis?o de taxa de paridade central.
Alguns diriam que a forte queda da ter?a-feira poderia assustar os comerciantes para um ‘dumping’ do yuan, especialmente porque agora o mercado teve uma palavra maior
Os bancos centrais que controlam ‘moedas grátis flutuantes’, como o dólar americano, o euro ou yen, têm, no entanto, mostrado ao mundo o que eles podem fazer para as taxas de cambio. Assim, com 3,65 trilh?es de dólares em reservas cambiais, o banco central chinês n?o será menos competente.