VLADIVOSTOK, 26 de agosto (Diário do Povo Online) - A marinha chinesa cumpriu última ter?a-feira (25) a sua primeira manobra conjunta de desembarque em zona costeira no exterior, no decurso dos exercícios militares que vem realizando com a Rússia desde o dia 20 de agosto em curso.

A manobra em destaque teve lugar nas águas do Cabo de Clerk na Rússia e faz parte do exercício militar “Conjunto Marítimo -2015 (II)”, entre a China e Rússia, atividade que se prolongará até a próxima sexta - feira (28).

As marinhas de guerra dos dois países usaram meios anfíbios e mais de 400 marinheiros, que desembarcaram na costa recorrendo a vários métodos, incluindo paraquedas, cordas, além de veículos militares anfíbios e blindados, e navios de desembarque.

“Tratou-se da primeira vez que enviamos tanques e veículos blindados por navios e desembarcamos soldados diretamente numa área de manobra no exterior, depois de uma longa viagem”, disse Liang Yang, assistente do diretor chinês de manobras.

“Tal exercício vai testar plenamente o desempenho das nossas armas em termos de adaptabilidade ao clima local e condi??es topográficas”, acrescentou.

A for?a aérea chinesa também participou da manobra com dois ca?as ‘J-10’ e outros dois do tipo ‘JH-7A’, que decolaram de um dos aeroportos na China e voaram pelo espa?o aéreo russo antes de alcan?arem a área de manobras.

“A tarefa principal desses ca?as é assistir o desembarque através de um comando no ar e lan?amento de ataques de longa distancia contra alvos costeiros”, afirmou Chen Yong, oficial da for?a aérea chinesa que participou do exercício.

O soldado russo, Andrey Ivanov, de 30 anos de idade, participou pela primeira vez num exercício militar. “A manobra foi complicada e difícil, mas correu bem devido aos preparativos minuciosos dos dois lados”, disse.

Dong Jun, vice-chefe do estado-maior da marinha chinesa, assinalou que o desembarque conjunto em zonas costeiras é uma manobra que precisa de um plano e comando detalhados.

Ele frisou que o sucesso da manobra demonstra que as marinhas dos dois países têm capacidade para cooperar em assuntos de alto nível.