Trabalhadores verificam instala??es na cidade de Heihe, no nordeste da China na província de Heilongjiang, 29 de junho de 2015
PEQUIM,28 de agosto (Diário do Povo Online) - Um importante acordo relativo ao abastecimento de gás natural entre a China e a Rússia, em desenvolvimento aos anos, pode estar pronto a ser assinado, com a prepara??o dos dois países para comemorar o 70o aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial.
Mais de 20 acordos abrangendo as áreas das finan?as, transportes e coopera??o energética v?o ser assinados quando o presidente Vladimir Putin participar no desfile militar de Tiananmen a 3 de setembro, disse Andrey Denisov, o embaixador russo na China, durante uma conferência de imprensa na quinta-feira. Ele confirmou que o presidente russo chegaria a Pequim a 2 de setembro.
“O acordo do gás será provavelmente confirmado no final devido à sua grande escala e importancia e às práticas internacionais,” disse Denisov, acrescentando que estaria certo que haveria um consenso, mas que os detalhes n?o seriam revelados até à última hora.
Em maio de 2014, depois de 20 anos de negocia??es, a China e a Rússia concordaram em construir uma linha de abastecimento de gás, conhecida como a “rota do este”, que prevê um abastecimento de 38 bili?es de metros cúbicos de gás para Pequim e para o nordeste da China anualmente, com inicio em 2018.
Chen Yurong, um especialista no Instituto Chinês de Estudos Internacionais, disse que o embaixador russo talvez se pudesse estar a referir à “rota do oeste”.
As negocia??es para a rota do oeste, uma linha de abastecimento de 2,800kms com capacidade de entrega de 30 bili?es de metros cúbicos de gás natural anualmente para a província de Xinjiang ao longo de 30 anos, come?ou em 2006.
No ano passado, a China e a Rússia chegaram a um acordo relativamente à rota do oeste, disse Chen. Contudo, as negocia??es foram adiadas, estando atoladas em divergências sobre pre?os, enquanto que a constru??o da rota do este já come?ou.
Chen acrescentou que seria algo de positivo para ambos os países, se o acordo do gás chegasse a bom porto. Isto “porque a China e a Rússia s?o parceiros naturais no que diz respeito à coopera??o energética, especialmente por servem vizinhos e terem um elevado grau de complementaridade,” afirmou.
Denisov disse que as tropas russas, já presentes na China, a prepararem-se para o Dia da Vitória, est?o ansiosas por se deliciarem com a gastronomia chinesa. Ele espera que as tropas russas possam receber os mesmos elogios das suas homólogas chinesas quando se deslocaram a Moscovo, durante a parada na Pra?a Vermelha na comemora??o da vitória russa na Segunda Guerra Mundial.