Por Su Xiaohui
As negocia??es sobre a Parceria Trans-Pacífica (TPP, em inglês) foram concluídas no dia 5 sob auspícios dos Estados Unidos e de representantes oriundos dos outros 11 países que comp?em o acordo, ou seja, Jap?o, Austrália, Canadá, Cingapura, Brunei, Malásia, Vietn?, Nova Zelandia, Chile, México e Peru.
Em um comunicado divulgado após o acordo, o presidente americano, Barack Obama, disse que os Estados Unidos n?o podem permitir que as regras do comércio global sejam definidas por países como a China, mas sim pelos Estados Unidos. O acordo visaria assim abrir mercados para os produtos norte-americanos e, ao mesmo tempo, definir "padr?es elevados" para proteger os direitos dos trabalhadores e o meio ambiente.
O "New York Times" e outros meios de comunica??o norte-americanos também publicaram argumentos similares. Uma vez voltado contra a China, a TPP vai gerar, com certeza, impactos sobre o país asiático.
Em primeiro lugar, a China sabia que mais cedo ou mais tarde o país teria de lidar com o TPP. Os Estados Unidos, por sua vez, veem o TPP como um importante ponto de partida na sua estratégia de "reequilíbrio da ásia-Pacífico". Durante o processo de negocia??es, os Estados Unidos afirmavam, por um lado, que o TPP estava "aberto" para a coopera??o, mas, por outro, excluíram a China sob o pretexto de n?o corresponder os chamados "padr?es elevados".
As economias que comp?em o TPP s?o responsáveis por 40% do PIB mundial e um ter?o do comércio global. Uma vez formado, será o maior acordo de livre comércio da história. Juntamente com a conclus?o das negocia??es sobre o " Acordo de Parceria Transatlantica de Comércio e Investimento", é possível que os Estados Unidos controlem as novas regras do comércio, investimento e servi?os globais, criando mais incertezas nas rela??es econ?micas e comerciais para os países em desenvolvimento, inclusive para a China. Portanto, a China se mantêm atenta ao conteúdo e as tendências no desenvolvimento da TPP, tanto os discursos como as a??es.
Em segundo lugar, a China se mantêm calma em rela??o as suas estratégias e conta com cartas nas mangas. Nos últimos anos, a acelera??o do estabelecimento das zonas de livre comércio e a atual constru??o gradativa de uma rede mundial de livre comércio com base nos países limítrofes - e com radia??o nos países ao longo de "Um Cintur?o e Uma Rota" – norteiam os esfor?os da China. Esfor?os que n?o ser?o alterados por causa do TPP.
Para se ter uma ideia, apenas em 2015, a China assinou acordos de livre comércio com a Coreia do Sul e a Austrália, duas importantes economias na ásia-Pacífico. Atualmente, dos 12 países do TPP, cinco têm acordos de livre comércio com a China e sete est?o participando das negocia??es para o Acordo de Parceria Econ?mica Abrangente Regional, do qual a China também participa.
Enquanto isso, a China se mantêm comprometida com uma atitude construtiva que promova a coopera??o multilateral no comércio mundial e atualize a área de Livre Comércio China-ASEAN. Na governan?a econ?mica global, o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, que surgiu a partir de uma iniciativa chinesa, já tem 57 países membros-fundadores espalhados pela ásia, Oceania, Europa, América Latina e áfrica. Trata-se de uma representa??o muito ampla.
Terceiro, a China tem uma vis?o clara e um julgamento objetivo sobre a situa??o do TPP. As intensas negocia??es sobre o acordo, que duraram mais de cinco anos, experimentaram momentos difíceis, e a última reuni?o também n?o foi fácil. Programado para terminar em primeiro de outubro, as negocia??es foram adiadas repetidamente. Isto ocorreu porque é difícil chegar a um compromisso comum sobre quest?es sensíveis. Além disso, o alcance do acordo é apenas um ponto de partida pois o processo de ratifica??o nos países podem enfrentar muitos desafios e quest?es sensíveis podem levar à controvérsias.
Em quarto lugar, a China está muito consciente de que na coopera??o econ?mica e comercial internacional, nenhuma tentativa de conten??o da China pode ser bem sucedida. Como a segunda maior economia do mundo - com um PIB de US$10 trilh?es e o país com o maior volume de comércio do planeta - o mercado chinês é muito importante, tornando a China um parceiro cooperativo que n?o pode ser ignorado.
Por fim, a China acredita firmemente que a abertura e a coopera??o correspondem ao fluxo atual. A ordem econ?mica internacional deve se desenvolver em um sentido mais justo e razoável. O mundo avan?a em dire??o ao estabelecimento de uma comunidade global. Se o TPP for contra a maré e tentar estabelecer um jogo de soma zero no campo econ?mico, o resultado será muito prejudicial para os interesses de todos. O desenvolvimento comum e o benefício mútuo s?o as regras corretas do comércio mundial
(O autor é vice-diretor do Instituto de Estudos de Estrategia Internacional da Academia de Estudo dos Assuntos Internacionais da China)
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