Visitantes prestam tributo às vítimas de guerra, no monumento em memória das vítimas do massacre de Nanquim, a este da China na província de Jiangsu. No massacre de Nanquim, mais de 300,000 pessoas foram mortas, assim como 80,000 mulheres foram violadas pelo exército japonês. O episódio foi desencadeado após a captura de Nanquim pelos japoneses a 13 de dezembro de 1937.
NANQUIM,10 de outubro (Diário do Povo Online) - Um total de 47 novas nomea??es, incluindo os documentos do massacre de Nanquim, ocorrido na ent?o capital da China, foram inscritos nos Registos da Memória do Mundo pelo Comité de Aconselhamento Internacional do programa Memória do Mundo da UNESCO, de acordo com um comunicado de imprensa emitido na sexta-feira.
A decis?o foi tomada durante um encontro de três dias da UNESCO, de 4 a 6 de outubro em Abu Dhabi, nos Emirados árabes Unidos, após um processo de dois anos, parte do ciclo de nomea??es de 2014-2015 em que 88 incri??es de 61 países foram examinadas.
De acordo com a UNESCO, os documentos do massacre de Nanquim consistem em três partes: a primeira parte está ligada ao período do massacre (1937-1938), a segunda parte está relacionada com as investiga??es ocorridas no pós-guerra e com os julgamentos de criminosos de guerra, documentados pelo Tribunal Militar Nacional Chinês(1945-1947), e a terceira parte aborda ficheiros documentados pelas autoridades judiciais da República Popular da China (1952-1956).
A 13 de dezembro de 1937, quando as tropas japonesas ocuparam Nanquim, foi dado o início a seis semanas de destrui??o, pilhagem, e carnificina na cidade, sendo estas a??es planeadas, organizadas e executadas conscientemente pelo exército imperial japonês. Mais de 300,000 chineses, incluindo civis indefesos e soldados desarmados foram assassinados, aos quais se juntaram vários episódios de viola??o, roubo e fogo posto.
Os Registos da Memória do Mundo é uma lista de heran?a documental criado pela UNESCO em 1992 para “preservar a heran?a documental e as memórias de modo a beneficiar as gera??es presentes e futuras, num espírito de coopera??o internacional e entendimento mútuo, assim como construir a paz nas mentes dos homens e mulheres”.
Com os documentos do massacre de Nanquim, a China tem agora 10 pe?as de documenta??o incritas no projeto.
Tradu??o: Mauro Marques