PEQUIM, 2 de novembro (Diário do Povo Online) - O presidente chinês, Xi Jinping, e o seu homólogo francês, Fran?ois Hollande, emitiram ontem em Pequim uma declara??o conjunta sobre mudan?as climáticas, prometendo promover um programa de trabalho para acelerar os esfor?os pré-2020 de mitiga??o, adapta??o e apoio à cúpula do clima em Paris.

A Fran?a vai sediar a Cúpula do Clima (COP21) em dezembro. Espera-se que a Cúpula gere um acordo global e vinculativo de combate às altera??es climáticas.

Hollande está visitando a China antes da cúpula em busca do apoio chinês para um novo acordo sobre mudan?as climáticas.

Os dois presidentes reafirmaram os esfor?os conjuntos para fazer avan?ar em Paris um acordo ambicioso e "juridicamente vinculativo" pautado na equidade e no princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas, e nas respectivas capacidades.

"O acordo deve enviar um sinal claro para o mundo sobre a transi??o para um desenvolvimento verde, de baixa emiss?o de carbono, sustentável e adaptada às altera??es climáticas", disse o comunicado.

Eles enfatizaram que os países desenvolvidos devem continuar a oferecer apoio financeiro e tecnológico para os países em desenvolvimento no período pós-2020.

"A China está empenhada em assegurar o êxito da conferência sobre o clima", disse Xi à Hollande durante suas conversa??es na tarde de segunda-feira.

"Estou confiante sobre o sucesso da conferência. Nossa declara??o injetou uma energia positiva para o processo multilateral de combate às altera??es climáticas", afirmou o presidente Xi durante uma conferência de imprensa logo após as conversa??es com seu homólogo.

A China se comprometeu em vários aspectos relacionados às mudan?as climáticas. Dentre eles está a decis?o de lan?ar um sistema nacional de "cap-and-trade" em 2017 para ajudar a conter as emiss?es, a cria??o de um fundo de 20 bilh?es de yuans (US$3,1 bilh?es) para ajudar outros países em desenvolvimento a combater e se adaptar às altera??es climáticas, e a redu??o até 2030 das emiss?es de dióxido de carbono por unidade do produto interno bruto (PIB) entre 60 a 65% comparados aos valores de 2005.

Edi??o: Rafael Lima