A China torna-se no maior parceiro de negócios dos EUA

A China tornar-se-á este ano no maior parceiro de negócios dos EUA, ultrapassando o Canadá pela primeira vez, acompanhando a queda dos pre?os do petróleo. Esta queda refletiu-se nas exporta??es energéticas americanas para o vizinho a norte.

As transa??es de bens com a China totalizaram 441,6 bili?es de dólares este ano até setembro, excedendo os 438,1 bili?es com o Canadá, pela primeira vez desde a existência do Departamento de Comércio Norte-americano (existente desde 1985). Os gráficos publicados na quarta-feira demonstram também que o comércio com a China encontram-se a registar máximos históricos, alimentados pela alta taxa de importa??o.

óleo de crude é uma das exporta??es de maior dimens?o do Canadá. O seu pre?o colapsou para cerca de metade do seu pico de 2014. Este fator foi determinante para delinear uma queda de 11,6% em compara??o com o mesmo periodo do ano passado, mesmo tendo em conta que os EUA aumentaram a compra de barris.

“é sobretudo uma história de petróleo”, disse Jacob Oubina, economista americano da RBC Capital Markets LCC de Nova Iorque. “Em termos nominais, sim, o comércio com a China supera o do Canadá. Mas na realidade é bem diferente. N?o se trata de atividade económica ou output. é uma quest?o de pre?os”.

Em setembro, os EUA importaram 101,3 milh?es de barris de óleo de crude do Canadá – o máximo deste ano e o segundo maior valor desde 2010, de acordo com informa??es da reparti??o de censos. Contudo, os 3,9 bili?es de dólares de valor aduaneiro dessas importa??es foi o segundo mais baixo.

Entretanto, enquanto os mercados emergentes se esfor?am para acelerar o crescimento, a China está cada vez mais dependente dos consumidores americanos comprarem os seus produtos. O total de trocas deste ano com a China é 3,7% superior aos mesmos 9 meses de 2014.

O défice comercial dos EUA na manufatura atingiu um recorde de 74,7 bili?es de dólares em setembro, de acordo com uma análise dos novos dados da reparti??o de censos da RealityCheck (um blog credível na área da manufatura e comércio). Isto poderá ser uma matéria de interesse para as elei??es presidenciais.

Os registos foram encontrados por Alan Tonelson, fundador da RealityCheck. Encontrar os registos involve a busca em materiais históricos de comércio, uma vez que a reparti??o de censos n?o estabelece compara??es com os seus comunicados recentes.

O aumento do défice de comércio manufatureiro constitui mais uma evidência de que, embora a economia americana tenha recuperado da recess?o de 2007-2009, o setor da manufatura continua em desvantagem.

De acordo com Tonelson, o máximo anterior para o défice comercial de manufatura foi de 74 bili?es de dólares em agosto. Ele diz que os EUA parecem estar destinados a um recorde anual de défice na manufatura.

A Alian?a para a Manufatura Americana fez notar que as importa??es americanas da China atingiram um recorde de 45,7 bili?es de dólares em setembro, e que o presidente, Scott Paul, disse que estes valores est?o a “matar a recupera??o manufatureira dos EUA”.

Edi??o: Mauro Marques