Pequim vai “cortar substancialmente” as restri??es de acesso ao mercado para o investimento estrangeiro, dando um passo adiante na constru??o de uma economia com um elevado grau de abertura, asseverou o líder chinês na quarta-feira, de modo a apaziguar os mercados relativamente ao abrandamento da economia chinesa.
Durante o fórum de diretores empresariais da APEC, o presidente procurou também assegurar os líderes económicos e políticos da regi?o que a economia número 2 do mundo é capaz de sacudir a press?o que se abate sobre si.
Os pilares da economia chinesa permanecem positivos, a economia tem um grande potencial e tem provado ser resilente face aos solavancos do aprofundamento de reformas, havendo uma grande margem de manobra, disse Xi.
“Iremos avan?ar com reformas no sistema de gest?o de investimento estrangeiro, cortando substancialmente as restri??es de acesso ao mercado, melhorar a prote??o dos direitos de autor, e fomentar um ambiente de mercado mais aberto, transparente, justo e eficiente”, disse o líder chinês.
“Gostaria aqui de reiterar que a política chinesa de receber de bom grado o investimento estrangeiro n?o irá mudar. De igual modo, a prote??o dos direitos, os interesses legítimos das empresas estrangeiras, e a resolu??o de lhes prestar um melhor servi?o ser?o cada vez mais tidos em conta”, acrescentou o presidente.
“As portas da China ir?o permanecer para sempre abertas ao exterior”.
Destinada a reduzir o investimento estrangeiro sob um sólido plano de reforma, que estipula uma mudan?a da dependência do comércio e investimento, a segunda maior economia do mundo cresceu 6.9% no terceiro trimestre do ano. Este é o valor mais baixo desde a crise mundial de 2008-2009.
Xi Jinping deu a entender que vários acordos comerciais regionais podem causar “fragmenta??o”. Defendeu que as economias da zona ásia-Pacífico devem acelerar a implementa??o da Zona de Comércio Livre da iniciativa ásia-Pacífico, onde todas as economias da APEC dever?o ser contempladas.
Como motor de crescimento do mundo, o mercado ásia-Pacífico foi palco de um elevado número de acordos comerciais, incluindo a parceria trans-pacífica, um acordo de comércio firmado entre 12 na??es, liderado pelos EUA.
Enfatizando que os países têm de tornar os acordos comerciais abertos e inclusivos, Xi disse que tais acordos precisam de igual participa??o e de consulta extensiva.
Zhang Jianping, diretor do Instituto de Coopera??o Económica Internacional da Comiss?o Nacional de Reforma e Desenvolvimento, disse que a China, ao comprometer-se com o corte de restri??es no acesso aos mercados, é-lhe expectável que promova o modo de gest?o “l(fā)ista negativa”.
Edi??o: Mauro Marques