YINGTUN, Jilin, 26 de novembro (Diário do Povo Online) - Escondida nas florestas da montanha Changbai, na província de Jilin, humanos e aves de rapina convivem numa aldeia chamada Yingtun, ou “aldeia falc?o”. Quase todas as 300 famílias aí residentes cuidam e treinam falc?es, mantendo viva uma tradi??o que se estende por mais de 300 anos, iniciada pelos seus ancestrais manchus.
Os manchus, um grupo étnico que vive na sua maioria no noroeste da China, por tradi??o, ca?a e pesca os seus alimentos e domestica aves de grande porte para a ca?a.
Atividade que era antigamente considerada uma forma de entretenimento e lazer na dinastia Qing, a domestica??o de falc?es é ainda considerada uma demonstra??o de bravura e de masculinidade pelos seus descendentes modernos. Atualmente os alde?es ainda ca?am no inverno e acrescentam alguma “carne fresca” às suas refei??es.
O “Rei Falc?o”, Liu Hongsheng, come?ou a treinar as aves com 9 anos de idade e conta já com quase 40 anos de experiência.
Durante o 7o e 8o meses do calendário lunar, os homens da aldeia entram nas montanhas para ca?ar falc?es para domestica??o.
De modo a treinar um falc?o recém-capturado, o treinador tem que permanecer em isolamento com a ave e manter o contacto visual com esta durante dias. A ave eventualmente cede e fica domesticada. Quando o relacionamento é estabelecido, é inquebrável. Os falc?es depois aprendem a trazer as suas presas de volta ao seu mestre.
Um falc?o consegue ca?ar cerca de 20 fais?es por dia. Estes podem ser vendidos por 150 yuans cada.
Edi??o: Mauro Marques
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