China vai acelerar a constru??o do mercado de carbono

PARIS , 8 de dezembro de 2015 (Diário do Povo Online)- A China vai refor?ar a coopera??o com a Uni?o Europeia (UE) sobre a constru??o do mercado de carbono com o objetivo de lan?ar o mercado de comércio de emiss?es de carbono em todo o país em 2017, disse Xie Zhenhua, representante especial da China sobre mudan?as climáticas, às margens da COP21 no sábado.

Xie fez as declara??es enquanto participava de um evento paralelo organizado pela Uni?o Europeia em conjunto com o Comissário da UE, Miguel Arias Canete.

Quanto ao mercado de comércio de emiss?es de carbono, a China tem aprendido muito com a UE, e, em larga medida, a constru??o do mercado de carbono da China veio das experiências e práticas da UE, observou Xie.

Lan?ado em 2005, o sistema de comércio de emiss?es da UE (EU ETS, em inglês) é a pedra angular da política da UE no combate às mudan?as climáticas e seu principal instrumento para reduzir de forma rentável as emiss?es industriais de gases do efeito estufa. O EU ETS abrange mais de 11 mil usinas de energia e plantas industriais em 31 países, assim como as companhias aéreas.

A China iniciou em 2011 um projeto piloto de comércio de emiss?es de carbono em sete províncias ou cidades com diferentes níveis de desenvolvimento econ?mico, disse Xie. Desde a sua implementa??o, o projeto ajudou a reduzir tanto as emiss?es totais de carbono como a sua intensidade.

A China e a UE lan?aram conjuntamente em mar?o de 2014 um projeto de coopera??o na constru??o das capacidades de comércio das emiss?es de carbono. Com o apoio de peritos da UE e das agências competentes, quase 20 programas de treinamento foram organizados, ajudando a melhorar as capacidades do corpo administrativo, grupo técnico e de outras partes interessadas na China, disse Xie.

Além disso, a China e a UE emitiram uma declara??o conjunta em junho deste ano sobre mudan?as climáticas para refor?ar a coopera??o no combate contra as mudan?as climáticas no mundo. Nele, os dois lados concordaram em refor?ar a coopera??o existente sobre o mercado de carbono.

"Com a UE e a China comprometidas com o comércio de emiss?es, dois grandes players internacionais est?o defendendo o mercado de carbono como um instrumento chave da política para reduzir as emiss?es de gases do efeito estufa e colocar um pre?o no carbono", disse Canete.

"Este é um sinal forte e necessário dado às empresas e partes interessadas. Estou confiante de que isso vai encorajar outros a seguirem o nosso exemplo", acrescentou Canete.

Como o maior país em desenvolvimento do mundo, a China ainda tem enfrentado alguns desafios especiais no estabelecimento de um mercado de carbono em todo o país, mas ela está determinada em fazê-lo, e está disposta a cooperar com a UE sobre isso, disse Xie.

Edi??o: Rafael Lima