Por Mauro Marques
Turismo e China s?o duas palavras que caminham de m?os dadas. O tamanho do país equivale directamente à sua imensa oferta turística que, naturalmente, torna a sua presen?a obrigatória em qualquer agência de viagens ou guia turístico. Afinal quem nunca ouviu falar da grande muralha, da cidade proibida, dos soldados de terracota, enfim, a lista poder-se-ia prolongar em diante…
Seguindo a mesma lógica, cidades como Pequim, Xangai, Xi’an, Cant?o, Suzhou ou Hong Kong s?o exemplos de referências na linha da frente reter o protagonismo e a satisfazer a curiosidade daqueles que vêm em busca de observar, com os próprios olhos, as relíquias culturais da civiliza??o mais antiga em atividade do nosso planeta.
N?o será por acaso que entre os chineses existe a fama de que meros cidad?os assumem a fun??o de “arqueólogos em part-time”. Estes, com simples iniciativas inofensivas, como fazer pequenas escava??es no solo para actividades agrícolas, encontram acidentalmente relíquias com milhares de anos. Este tipo de notícias é já uma constante na reda??o do Diário do Povo. O exemplo mais célebre será mesmo o de um camponês que, em 1974, ao escavar um po?o nas redondezas de Xi’an, terá descoberto ao acaso o local onde estavam os soldados de terracota do Imperador Qin - um achado de valor incalculável, portanto.
Longe do Diário do Povo tirar mérito ou descredibilizar locais cuja cal?ada, edifícios, manifesta??es da natureza, ou mesmo a mera localiza??o geográfica, por si só, seriam suficientes para justificar a visita.
Contudo, instados pelo dever cívico da nossa profiss?o, sentimos a necessidade de clarificar que, para lá da grande muralha e da azáfama que pauta o dia-a-dia das cidades mais emblemáticas do gigante asiático, há recantos e fil?es de beleza à espera de serem descobertos.
Com efeito, o Diário do Povo aderiu com entusiasmo à iniciativa proposta pela província de Jiangxi – regi?o cujo potencial cultural e turístico excede sobejamente a fama de que goza entre os turistas domésticos e estrangeiros.
Locais como a Torre do Príncipe Teng; a cidade de Nanchang; a aldeia Yanfang, cujo estilo clássico foi preservado até ao presente; a biblioteca Yangming, entre outros, fazem parte do espólio valioso de Jiangxi e s?o parte integrante do roteiro que vamos passar a apresentar.
Esperamos nós, no final desta pequena jornada, conseguir despertar o interesse do caro leitor para um dia visitar estes, e outros tesouros que se encontram espalhados pela China, longe do foco de aten??o das multid?es das grandes metrópoles.
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