PARIS, 14 de dezembro (Diário do Povo Online) - O novo acordo global sobre mudan?as climáticas aprovado pela 21a Conferência do Clima das Na??es Unidas (COP-21) estabeleceu uma série de novos objetivos para o controle da temperatura e emiss?o dos gases do efeito estufa. Diversas organiza??es de prote??o ambiental, pesquisadores e políticos consideram que estes objetivos v?o promover internacionalmente as novas energias.

O fim dos combustíveis fósseis? 

O Acordo de Paris definiu o objetivo de controlar o crescimento médio da temperatura global abaixo dos 2℃. Segundo o novo acordo, o mundo vai chegar ao topo das emiss?es de gases do efeito estufa o mais cedo possível e zerar a emiss?o desses gases na segunda metade deste século.

De acordo com a previs?o de várias organiza??es de prote??o ambiental, personalidades políticas e empresários, os objetivos estabelecidos no Acordo de Paris v?o impulsionar internacionalmente as novas energias (mais limpas), podendo anunciar “o fim da era dos combustíveis fósseis”.

O secretário-geral do “Greenpeace”, Kumi Naidoo, disse que os objetivos v?o “causar panico nas salas de conferência dos conselhos de administra??o das empresas de carv?o e nos palácios dos países exportadores de petróleo”.

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, afirmou que o Acordo de Paris é “mundial e ambicioso” e que transmite um “sinal claro” aos governos, empresas e investidores de diversos países sobre “uma mudan?a firme e inevitável da economia mundial da dependência da energia n?o limpa para o crescimento sustentável”.

Na verdade, essa mudan?a já come?ou a tomar forma. O pre?o do carv?o nos mercados dos países desenvolvidos caiu significativamente por causa da press?o de medidas rigorosas de preven??o e controle de polui??o. As poucas minas de carv?o profundas existentes no Reino Unidos v?o fechar devido à massifica??o dos equipamentos de energia solar. O número de equipamentos de energia renovável em vários países, incluindo Estados Unidos, Alemanha e China, também cresceu rapidamente nos últimos anos.

Afluxo de investimento para as novas energias

De acordo com o chefe executivo da Unilever, Paul Polman, a influência do Acordo de Paris vai ter impacto em vários setores e níveis, superando a esfera de influência das “a??es dos governos dos diversos países”. 

Para concretizar os objetivos de controle da temperatura e a redu??o de gases do efeito estufa estabelecidos pelo Acordo de Paris, além da realiza??o dos compromissos dos governos dos diversos países, as empresas, consumidores e investidores também precisam enfrentar o problema. Os investidores s?o extremamente importantes para a realiza??o dos objetivos, disse Hans Joachim Schellnhuber, diretor do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre Impacto Climático na Alemanha.

Na semana passada, 26 órg?os financeiros públicos e privados e algumas bolsas de valores já se reuniram para discutir temas sobre o enfrentamento das mudan?as climáticas. Segundo a reportagem do jornal britanico “The Gardian”, o volume total de capitais destes órg?os financeiros ultrapassa 11 trilh?es de dólares.

Desenvolvimento das tecnologias de emiss?o negativa

Alguns cientistas indicaram que diante da atual tendência das mudan?as climáticas, além de reduzir a emiss?o de gases de efeito estufa, devemos aproveitar as inova??es técnicas e realizar a redu??o de gás carb?nico na atmosfera, ou seja, concretizar a emiss?o negativa, a fim de realizar os objetivos do Acordo de Paris.

No entanto, por causa das limita??es das tecnologias atuais, as medidas mencionadas também têm influências negativas, como por exemplo, o uso de grandes extens?es de terra.

Oliver Geden, pesquisador do Instituto Alem?o de Política e Seguran?a Internacional (SWP), disse que até agora a “emiss?o negativa” é uma “fantasia científica” e que “precisamos discutir seriamente sua influência e desenvolvê-la em grande escala.”

Edi??o: Chen Ying

Revis?o: Rafael Lima