PEQUIM,24 de dezembro (Diário do Povo Online) - O governo planeia tornar 100 milh?es de chineses provenientes de zonas rurais a viver em áreas urbanas em cidad?os registados, com o objetivo de os encorajar a comprar apartamentos nas cidades e ajudar a aliviar a oferta massiva no setor imobiliário, disse um oficial na ter?a-feira.
O plano será implementado no início do próximo ano, disse Xu Shaoshi, responsável da Comiss?o Nacional de Desenvolvimento e Reforma, a agência de planeamento económico estatal. Xu n?o especificou quando exatamente o plano será completado.
O mercado imobiliário chinês tomou uma curva descendente em 2014 devido a uma procura fraca e uma oferta em excesso. Esta tendência manteve-se em 2015, com as vendas e pre?os a cair, assim como o abrandamento do investimento. Após a recente Central Economic World Conference, uma reuni?o fundamental para delinear o plano económico para o novo ano, juntamente com os cortes da oferta excessiva e controlo da dívida, o escoamento de stocks foi nomeado uma das tarefas essenciais para 2016. Os participantes na reuni?o concordaram que os cidad?os provenientes de áreas rurais a viver nas cidades devem ter o direito de se inscreverem na sua cidade de acolhimento, encorajando assim a obten??o de uma propriedade.
Cerca de 55% da popula??o chinesa vive nas cidades mas menos de 40% est?o registados como residentes urbanos. O país tem cerca de 300 milh?es de trabalhadores migrantes, mas a maioria n?o têm direito à cédula “hukou” (registo de habita??o), o que significa que n?o têm direito a direitos de emprego e servi?os de seguran?a social nas cidades. Sem o hukou, os trabalhadores que migram das zonas rurais n?o têm um “sentimento de perten?a” face à cidade que os acolhe, sendo por isso pouco convidativa a hipótese de comprar um imóvel.
De acordo com um plano do governo do ano passado, a China planeia aumentar a propor??o da popula??o registada nas cidades para 45% até 2020.
Edi??o: Mauro Marques