A imprensa estrangeira avan?a que, tal como qualquer outra crian?a de 6 anos, Zhang Zhaohan, também gostaria que o seu androide usasse uma linguagem um pouco mais agressiva. Ao bater nas costas do androide foi confrontado com a resposta: “n?o é justo”. A sua m?e, por outro lado, gostaria que este amável androide fosse capaz de, à noite, contar uma história clássica chinesa antes do filho traquinas ir dormir.
De acordo com o jornal inglês “Times”, Zhao Zhihuan, trabalhador no setor das artes, disse que o “Xiaoyou”é um androide de entretenimento que pode ser adquirido pelo valor de 250 libras. “N?o é um brinquedo, mas um companheiro ou ‘pequeno animal de estima??o’”.
“Ele ajudou o meu filho a passar menos tempo a jogar no telemóvel ou no computador. Aquelas coisas s?o prejudiciais para a vista. Além disso, é possível aprender o lado tradicional da nossa cultura ao interagir com o rob?.”
Este androide doméstico tem movimentos lentos e n?o distingue claramente as vozes. Contudo, desde que a família do pequeno Zhaohan acrescentou este membro à família, a casa tornou-se t?o agitada como um mercado.
A reportagem refere que a indústria manufatureira de rob? está em franco crescimento, tendo recebido um apoio expressivo por parte do governo e de bilionários com interesse neste segmento. Os intervenientes desta indústria esperam que neste ano o número de famílias de classe média continue a aderir a esta moda, oferecendo um companheiro eletrónico aos seus filhos.
A reportagem prossegue dizendo que, após décadas de uma política de planeamento familiar severo, restringindo as famílias a um único filho, a China anunciou, por fim, o relaxamento deste para os dois filhos. Porém, como refere o presidente da Tuling, Yu Zhichen, “muitas famílias n?o têm possibilidades de criar um segundo filho. As dificuldades de criar um filho já s?o muitas. As famílias receiam que a sua crian?a se possa sentir demasiado sozinha.”
A Tuling, empresa do ramo dos androides, deve o seu nome ao visionário inglês de criptografia e cálculo do período da Segunda Guerra Mundial, Alan Turing.
Yu refere que a empresa recentemente lan?ou uma nova gama de rob?s baseados na série de desenhos animados famosa na China “Super-homem voador”. O presidente da Tuling prevê “que estes rob?s substituam os brinquedos convencionais e os produtos educativos. Uma família chinesa no futuro n?o terá apenas um rob?, mas vários. O mundo inteiro deverá tomar contacto com os rob?s chineses durante os próximos dois anos.”
A China encontra-se neste momento nos lugares cimeiros da indústria de robótica, sendo que os rob?s desempenham um papel cada vez mais relevante na reposi??o de uma for?a laboral em queda acentuada.
Após a demonstra??o de interesse por parte dos líderes do país na indústria robótica, devido ao seu potencial de combater a desacelera??o económica e promo??o das condi??es de manufatura, a China encontra-se neste momento a empreender na investiga??o de vários setores do ramo.
O Jap?o detém ainda a medalha de ouro no setor da robótica. Em novembro do ano passado, o país do sol nascente participou na Feira Mundial de Robótica realizada em Beijing, tendo atraído a aten??o mundial. O vice-presidente da China, Li Yuanchao, terá ficado impressionado com a montra da Universidade de Osaka, cujos androides eram dificilmente distinguíveis de seres humanos comuns.
Edi??o: Mauro Marques