Neste início de 2016, o presidente chinês, Xi Jinping, viajou para a Arábia Saudita, Egito e Ir? em visita oficial. Esses três países têm uma história de mais de 2 mil anos de intercambios com a China. Em meio ao abrandamento da economia mundial, a iniciativa “Um Cintur?o e Uma Rota” pode ajudar a China e os países do Oriente Médio a encontrarem novas áreas de crescimento.
“Para a instabilidade no Oriente Médio, a solu??o depende do desenvolvimento”, disse Xi Jinping durante seu discurso proferido na sede da Liga árabe enquanto apresentava as sugest?es chinesas para a solu??o das quest?es da regi?o.
Desde junho de 2014, quando Beijing sediou a conferência ministerial do Fórum de Coopera??o Sino-árabe, que contou com a presen?a do presidente Xi, seis países árabes assinaram acordos para a constru??o conjunta do “Um Cintur?o e Uma Rota”, e sete países se tornaram membros fundadores do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII).
Em 2014, o comércio entre a China e o mundo árabe superou os US$ 251 bilh?es, tornando a China o segundo maior parceiro comercial da regi?o. Além disso, a China assinou contratos de engenharia com os países árabes no valor de US$ 46,4 bilh?es. No caso do Ir?, o valor do comércio bilateral saltou de dezenas de milh?es de dólares na década de 1970 para os US$ 51,8 bilh?es no ano de 2014, tornando a China o maior parceiro comercial do Ir? por 6 anos consecutivos.
Em várias ocasi?es antes de sua visita, o presidente Xi falou sobre a liga??o entre a iniciativa chinesa e os planos de desenvolvimento dos países do Oriente Médio, sobre o novo plano quinquenal entre a China e a Arábia Saudita, o novo corredor do Canal de Suez, a constru??o da nova capital administrativa do Egito, bem como sobre o sexto plano quinquenal do Ir?, entre outras estratégias para conectar a complementaridade da capacidade industrial, finan?as, tecnologia e recurso da China com as do Oriente Médio.
Para Adel Sabry, editor-chefe do site Egypt.com, a inciativa “Um Cintur?o e Uma Rota” abrange um vasto leque de países e recursos financeiros, algo raramente visto no passado. No contexto da desacelera??o da economia mundial, essa iniciativa pode levar os países ao longo da faixa a pegarem carona no desenvolvimento chinês.
“O locus para onde a iniciativa Um Cintur?o e Uma Rota se estende é uma terra com um vigoroso intercambio humano”, publicou o jornal iraniano “Iran Newspaper” em referência à fala de Xi no parlatório da sede da Liga árabe, onde depositou grande esperan?a na parceria entre os povos da China e do Oriente Médio.
Em uma entrevista ao Diário do Povo, George Joko Preuss, pesquisador do Instituto Europeu de Estudos Internacionais com sede em Nice, na Fran?a, disse que o entendimento e a confian?a s?o um recurso raro neste mundo complicado. O “Um Cintur?o e Uma Rota” é uma iniciativa que oferece uma plataforma para o diálogo entre as diferentes regi?es e civiliza??es, se tornando um elo de liga??o para refor?ar os intercambios e a confian?a mútua entre os países ao longo da faixa. “A coopera??o com base no intercambio entre os povos e na aprendizagem mútua entre as civiliza??es é sustentável, ” disse.
Para Helmy Namnam, ministro da Cultura do Egito, o mundo atual está envolto em agita??es, conflitos e amea?as terroristas. Segundo ele, o Egito está disposto a responder ativamente à iniciativa chinesa e revitalizar de m?os dadas com a China a antiga Rota da Seda.
Edi??o:Renato Lu
Revis?o: Rafael Lima