“N?o há necessidade de haver demasiada preocupa??o com a competi??o chinesa” – assim refere o jornal austríaco “Economic Daily” a 31 de janeiro. A Comiss?o Europeia anunciou na passada sexta-feira um documento onde admite que os receios propagados pelos críticos de um aumento do desemprego como consequência do estatuto de economia de mercado da China s?o largamente infundados.
O artigo frisa que a UE poderá satisfazer o desejo de Beijing, conferindo, por fim, à China o estatuto de economia de mercado.
Isto significa que, dentro da UE poderá ocorrer a perda de 63,6 mil a 211 mil empregos. Contudo, o artigo refere também que, se forem tomadas medidas adicionais, este número poderá passar a metade.
Uma pesquisa revela que, uma vez que a UE reconhe?a a China como economia de mercado, o mercado laboral europeu deverá ter cerca de 1,7 a 3,5 milh?es de postos de trabalho amea?ados entre os próximos 3 a 5 anos.
As áreas mais afetadas por esta altera??o seriam a metalúrgica, têxtil, automobilística e de tecnologias de prote??o ambiental. Nestes campos, a forte capacidade de produ??o das empresas chinesas é acompanhada de estratégias de internacionaliza??o e de dumping, devido à incapacidade destes mercados de competirem com os pre?os chineses.
Justamente há uma semana atrás, o comissário para a competitividade da UE, Weiss Tag disse que, mesmo que a China consiga o reconhecimento do seu estatuto enquanto economia de mercado, a UE pode sempre impor tarifas punitivas às empresas chinesas.
O jornal alem?o “Deutsche Wirtschafts Nachrichten” acredita que o documento emitido pela Comiss?o Europeia tem como objetivo dar alguma seguran?a aos mais céticos. O reconhecimento da China como economia de mercado tornará algumas indústrias mais expostas, mas várias outras poder?o colher oportunidades. O mercado chinês é considerado um mercado de futuro.
“Esta é uma quest?o de tempo”, afirma o “Der Spiegel”. De momento, Bruxelas, Berlim, Londres e outros países apoiam a concess?o do estatuto de economia de mercado à China. A Comiss?o Europeia estima que, na melhor das hipóteses, em julho deste ano esta mudan?a possa ocorrer.
Edi??o: Mauro Marques