Por: Yang Xun

Yang Qifan, de 26 anos de idade, juntamente com a sua equipe, dedica-se à pesquisa de um sistema de rega utilizando drones. Na foto, Yang testa um circuito eletrónico de um drone. (Imagem: Mou Jian/Diário do Povo)

Na abertura da 4a sess?o plenária da 13a Assembleia Popular Nacional, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, no seu discurso alusivo ao relatório de trabalho do Governo, referiu que: “…ser?o criadas plataformas para a participa??o das massas em iniciativas de empreendedorismo e inova??o, de financiamento partilhado, de apoio e de subsidia??o, assim como será estabelecido um novo tipo de mecanismo destinado às atividades de cariz criativo e empreendedor, baseado na coordena??o entre empresas de todas as dimens?es, institui??es de ensino superior, centros de pesquisa científica, e da coopera??o entre os intervenientes da nova era de inova??o”.

No contexto do boom do empreendimento e inova??o no mundo online, as iniciativas referidas acima ganham um espetro de a??o mais amplo. O termo “empreendedorismo-inova??o coletiva” indica a canaliza??o dos recursos associados à inova??o em todos os recantos da sociedade para plataformas concebidas para o setor criativo; o “financiamento coletivo” refere-se ao uso de plataformas online para a angaria??o conjunta de recursos financeiros; o “subsidiamento coletivo” refere-se ao uso da internet no processo de obten??o de servi?os, ideias ou conteúdos, mediante a solicita??o de contribui??es de um grupo abrangente de pessoas e, especialmente, de uma comunidade online, ao invés da via tradicional. Por fim, o “apoio coletivo” está relacionado com o suporte proveniente do governo atribuído às micro e pequenas empresas, empreendedores, institui??es n?o lucrativas, empresas e indivíduos.

Em setembro de 2015, o governo chinês lan?ou um guia de orienta??o sobre o estabelecimento de plataformas de apoio ao empreendedorismo e inova??o de massas, concretizando a constru??o das quatro iniciativas em quest?o, a fim de estimular a inova??o, criar postos de trabalho, apoiar o empreendedorismo, e financiar o desenvolvimento.

Na era “internet+”, onde o ritmo de mudan?a é estonteante, é necessária uma estratégia de longo prazo para agarrar as oportunidades e liderar o desenvolvimento. A China decidiu, por isso, promover as “quatro coletiviza??es”, baseadas nas especificidades do desenvolvimento da economia digital.

De acordo com um relatório estatístico sobre a internet chinesa, publicado em janeiro passado pelo Centro de Informa??es de Internet da China (CNNIC), a China apurava em dezembro de 2015 um número de 688 milh?es de internautas, perfazendo um aumento anual de 39,5 milh?es de pessoas. A internet encontra-se já disponível para 50,3% da popula??o chinesa - um aumento de 2,4 pontos percentuais face ao final de 2014. Concomitantemente, o país totalizou 413 milh?es de usuários que fizeram compras online em 2015, 14,3% acima dos valores do ano anterior.

Outras fontes indicam que a contribui??o da economia digital para o PIB nacional atingiu os 7% em 2014, superando o caso equivalente nos Estados Unidos.

O primeiro-ministro Li Keqiang mencionou no ano passado o termo “empreendedorismo e inova??o em massas”, tendo este dado entrada no relatório de trabalho do Governo e, assim, influenciando a popula??o chinesa a nutrir cada vez mais o desejo de tomar parte nestas áreas. A inser??o no relatório de trabalho do Governo confere à indústria criativa e de inova??o uma crescente responsabilidade no desenvolvimento socioeconómico da China.

Edi??o: Renato Lu

Revis?o: Mauro Marques