No dia 11 de mar?o, o Diário do Povo publicou um artigo da sua rábula “Zhongsheng”(ressoar dos sinos) intitulado “Trazer de volta para a mesa das negocia??es a quest?o nuclear coreana”.
O artigo analisa em profundidade as declara??es do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, durante a conferência de imprensa do dia 8 de mar?o. Estas comprovam o apoio da China face à resolu??o aprovada no Conselho de Seguran?a da ONU, assim como revelam o estado de alerta do país para com as ambi??es nucleares da RPDC. O texto debru?a-se também sobre o reatar das conversa??es entre seis partes e na importancia de consumar a desnucleariza??o da península coreana.
Segue-se o texto do artigo:
Atualmente, as circunstancias instauradas na península coreana s?o complexas e sensíveis. As constantes amea?as de rotura do statu quo suscitam a preocupa??o de todos. Como maior país vizinho da península, a China n?o pode permitir que a estabilidade da regi?o seja posta em causa. N?o pode consentir que a seguran?a nacional seja de alguma forma colocada em risco.
O Conselho de Seguran?a da ONU aprovou no dia 2 de mar?o com unanimidade a resolu??o 2270, onde se foca na quest?o nuclear da península coreana, no estabelecimento de um plano de san??es, no apoio do reatar das conversa??es a seis partes e, por fim, no consumar da desnucleariza??o pacífica da península.
A China tem os seus próprios interesses e preocupa??es, e, naturalmente, uma posi??o a assumir neste cenário. A China advoga uma posi??o de “n?o permiss?o de posse de armamentos nucleares e de n?o autoriza??o da deflagra??o de confrontos bélicos ou de provoca??o de distúrbios”. A China condena com veemência a nucleariza??o e o programa de mísseis da RPDC e, por seu turno, apoia inteiramente a aplica??o das resolu??es do Conselho de Seguran?a da ONU.
De facto, as resolu??es n?o apenas compreendem san??es, como reafirmam a necessidade de retomar as conversa??es a seis partes, em favor da tomada de medidas que possam contribuir para conter o agravamento da situa??o atual. A comunidade internacional deve compreender que o agravamento das tens?es pode levar à perda do controlo - os resultados daí provenientes poder?o ser catastróficos para todos.
é, por isso, necessário que todos sejam capazes de fazer julgamentos refletidos, manter o comedimento, atuar com precau??o face à situa??o geral e, logicamente, evitar a todo o custo a tomada de decis?es impulsivas com resultados imprevisíveis.
Justamente como a China tem enfatizado, a aplica??o de san??es é uma medida necessária, mas que n?o se pode sobrepor à manuten??o da estabilidade social e à via da negocia??o.
As san??es avan?adas pelo Conselho de Seguran?a da ONU têm como fundamento base o corte dos canais financeiros que abastecem os planos nuclear e de mísseis da RPDC, colocando press?o sobre o país para retomar a via das negocia??es. Espera-se que esta trajetória contribua para a progressiva desnucleariza??o da península e para que o sistema internacional de n?o-prolifera??o de armamento nuclear seja restabelecido.
Como organizador das conversa??es a seis partes, a China sempre se regeu por uma postura objetiva e justa, juntamente com os restantes participantes, na explora??o de caminhos viáveis para fazer frente à crise.
A China advoga e promove as negocia??es para a desnucleariza??o da península coreana, assim como a implementa??o da paz neste território. A desnucleariza??o é um dos objetivos comuns pelo qual todo o mundo deve pugnar. A sobreposi??o de um mecanismo de cessa??o da guerra por um de perpetua??o da paz deverá com certeza ser também um dos objetivos da RPDC.
A concretiza??o destes dois objetivos deve ser acompanhada do incentivo às conversa??es paralelas e da idealiza??o, passo a passo, de uma resolu??o que tenha em conta as preocupa??es de todas as partes envolvidas. Apenas desta forma será possível encontrar um ponto comum para um reatar das negocia??es entre seis partes envolvidas.
No que diz respeito à inclus?o de planos propostos por outros intervenientes, onde se incluem métodos flexíveis entre três, quatro, ou mesmo cinco partes envolvidas nas negocia??es, desde que o resultado final se traduza no retorno da quest?o da desnucleariza??o da península à mesa de negócios, a China adotará uma postura transigente.
A prescri??o para a resolu??o do problema deve adaptar-se às especificidades da “patologia”.
Todos os países com responsabilidade se devem esfor?ar por sugerir solu??es produtivas, manter uma postura paciente e concentrada, racional e corajosa para debelar as diferen?as e discordancias e atingir uma solu??o aprazível para todos.
A paz só poderá ser consumada com a desnucleariza??o, as solu??es só podem ser conseguidas pela via do diálogo, e os benefícios conjuntos s?o apenas garantidos com a coopera??o. Nesta quest?o em concreto, as condi??es anteriores s?o o denominador comum a todas partes envolvidas, assim como jaz aqui uma via para desenvolver la?os de aproxima??o, entendimento e coexistência para o futuro.
Edi??o: Mauro Marques