à medida que o enviado especial do Presidente Xi Jinping se prepara para assinar o histórico (e ambicioso) acordo para as altera??es climáticas de Paris, vários grupos ambientalistas internacionais elogiaram a China pelo aumento da probabilidade de fazer cumprir o acordo antes da data limite de 2020.

No acordo constam as duas na??es com maior taxa de emiss?o de gases de efeito estufa – China e EUA – com 38% das emiss?es totais do mundo. Além das duas maiores economias mundiais, constam também 160 outros países.

A assinatura do acordo, delineado em dezembro, terá lugar na sede da ONU, na sexta-feira, coincidindo com o Dia Internacional da Terra.

O enviado especial, o Vice-primeiro-ministro Zhang Gaoli, deverá encontrar-se com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e alguns outros líderes para discutir possibilidade de aprofundamento da coopera??o.

Após a cerimónia de assinatura, a China irá come?ar o processo legal para formalizar o acordo, comprometendo-se a ratificá-lo com a maior brevidade possível, afirmou Su Wei, diretor do Departamento de Altera??es Climáticas da Comiss?o Nacional de Reforma e Desenvolvimento.

Os países que n?o assinem o acordo na sexta-feira ter?o um ano para o fazer. Após a assinatura, será ainda necessária a ratifica??o do mesmo, de acordo com a legisla??o interna de cada país.

Pelo menos 55 países, representando 55% das emiss?es de gases de efeito estufa, dever?o proceder à sua ratifica??o antes deste entrar em vigor.

A finalidade desta iniciativa conjunta é reduzir a média da temperatura global em 2o celsius acima das temperaturas precedentes à era pré-industrial, e trabalhar no sentido de limitar o aumento até 1,5o.

“A China tem cooperado no que diz respeito a incluir-nos no acordo de Paris, e penso que ter?o ouvido o Secretário Kerry falar sobre o seu papel de lideran?a em Paris, em dezembro, em termos da ajuda prestada à organiza??o dos 196 países para a conclus?o do processo… Tenho também a certeza que est?o a par da inten??o da China de assinar e se juntar formalmente na sexta-feira. Estamos bastante satisfeitos com as notícias e pela capacidade de lideran?a que a China demonstrou na condu??o do processo”, disse John Kirby, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.

Eliza Northrop, investigadora no World Resources Insitute, afirmou que a inclus?o dos EUA e da China no acordo contribuirá em larga medida como ponto de viragem na quest?o dos gases de efeito estufa. “é razoável admitir que as medidas entrem em vigor em 2017”, disse. “Dependendo das diferen?as de tempo de cada país no cumprimento do processo a nível doméstico, o tempo de aprova??o absoluta é ainda incerto.

Edi??o:Mauro Marques