Beijing, 12 jun (Xinhua) -- O corte que está sendo realizado no excesso de capacidade na China resultará em perdas de emprego, menos consumo, crescimento mais lento e aumento de dívida, disse a UBS Securities.
O relatório "Os Impactos Econ?micos e Financeiros no Corte do Excesso de Capacidade" identificou o carv?o, ferro e a?o como os principais setores com capacidade excessiva, embora também tenha citado cimento, vidro plano, alumínio e constru??o naval.
O governo chinês deu prioridade ao corte no fim de 2015 durante a Conferência Central de Trabalho Econ?mico e p?s o tema no centro do 13o Plano Quinquenal.
Nos próximos anos, a China planeja reduzir em 150 milh?es de toneladas a capacidade de a?o e 500 milh?es a de carv?o --10% em ambos os casos-- com fundos destinados para ajudar os trabalhadores demitidos.
"Um corte de 10% em seis setores com esse problema pode levar à demiss?o de 3 milh?es a 3,5 milh?es de pessoas, à diminui??o de 0,2% no crescimento do consumo e à desacelera??o de até 0,5% no Produto Interno Bruto."
No geral, o efeito sobre o crescimento e o emprego será controlável, porém maior em algumas províncias, tais como Hebei, Mongólia Interior, Jiangsu, Shaanxi e Shanxi. A concentra??o do excesso de capacidade significa que os fechamentos podem ser devastadores para as economias locais, o que exigirá mais apoio do governo central.
A Província de Shanxi (norte), com 25% da capacidade de carv?o da China, planeja reduzir a produ??o em 100 milh?es de toneladas e suspender a aprova??o de novos projetos até 2020. A vizinha Hebei, produtora de 23% de a?o da China, tem como objetivo cortar 100 milh?es de toneladas no mesmo prazo.
No entanto, o ritmo real dependerá da determina??o e do apoio financeiro dos governos central e locais, de acordo com a UBS, que estimou uma dívida total de 10 trilh?es de yuans (US$ 1,5 trilh?o) nos seis setores em 2015.