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Especial: Virada na política brasileira testa a solidez dos BRICS

Fonte: Xinhua    14.06.2016 14h27

Por Zhao Hui e Chen Weihua

Rio de Janeiro, 14 jun (Xinhua) -- A presidente afastada Dilma Rousseff completou no último domingo um mês nesta situa??o devido à suspens?o de até 180 dias determinada pelo Senado, da qual o presidente interino, Michel Temer, aproveitou-se para alterar a estratégia diplomática do país e deixar de priorizar as rela??es com os BRICS.

Brasil, Rússia, índia, China e áfrica do Sul formam o grupo dos BRICS, cuja solidez tem sido questionada devido à recess?o econ?mica que assola alguns de seus membros e da incerteza política vivida no Brasil, um país que até agora tem sido um dos principais motores do bloco.

Analistas chineses acreditam que o país sul-americano pode se tornar um peso-pesado ocidental para contrabalan?ar a influência dos BRICS nos fóruns de governan?a global e dessa forma minar a eficácia dos mecanismos do grupo.

Virada política brasileira

Desde a cria??o do bloco BRIC em 2009 (antes da ades?o da áfrica do Sul, em 2010), o Brasil sempre priorizou as rela??es com os membros do bloco, no ambito da coopera??o Sul-Sul, uma escolha que o governo interino parece n?o ter inten??o de manter.

O novo ministro das Rela??es Exteriores do Brasil, José Serra, anunciou, logo após o estabelecimento do governo interino, que os focos principais da "nova política externa" brasileira s?o, dentro da América Latina, a Argentina e o México, e fora dela, os Estados Unidos e a Uni?o Europeia (EU).

No caso dos BRICS, Serra se limitou a dizer que o Brasil vai se esfor?ar para aproveitar as "oportunidades" que o bloco oferece, mas sempre tem o comércio e os investimentos mútuos como principais objetivos, sem usar os termos "prioridade" e "coopera??o estratégica" que Rousseff utilizava.

O diretor-executivo do Centro de Estudos Brasileiros do Instituto de América Latina da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Zhou Zhiwei, assinalou que, ao contrário da prioridade que o governo Rousseff dava aos países em desenvolvimento, a administra??o Temer busca estabelecer "um novo equilíbrio entre países desenvolvidos e em desenvolvimento".

Mais especificamente, Temer tentará fortalecer a rela??o com os Estados Unidos e Europa a fim de que estes reconhe?am a legitimidade do governo interino, e, para tanto, será for?ado a manter distancia dos membros do BRICS para evitar desagradar Washington.

A morte dos BRICS?

Cunhado por Jim O'Neill, economista do Goldman Sachs, em 2001, o termo BRIC chamou a aten??o do mundo primeiro pelo grande potencial de crescimento econ?mico e contribui??o global de seus membros.

Em 2006, o Goldman lan?ou o fundo BRIC, que atingiu um recorde em 2010 gra?as ao brilhante desempenho econ?mico de Brasil, Rússia, índia e China, em um momento em que mais de 60% do crescimento global deveu-se à contribui??o desses países.

No entanto, com a queda dos pre?os internacionais das matérias-primas e o efeito de transbordamento negativo das medidas de flexibiliza??o quantitativa nos países desenvolvidos, a situa??o dos BRICS piorou, e até mesmo a Rússia e o Brasil mergulharam em uma recess?o.

Como consequência, Goldman anunciou a rescis?o do fundo em novembro de 2015, quando os bens registraram uma contra??o de 88% em rela??o ao recorde de 2010. Essa decis?o foi usada por alguns meios de comunica??o ocidentais para inferir a "morte dos BRICS".

Zhou destacou que estas dedu??es s?o exageradas e nada razoáveis, porque a turbulência atual e os ajustes no novo ciclo econ?mico n?o modificar?o as vantagens demográficas e comerciais de que disp?em os BRICS. Ao contrário, o ambiente externo desfavorável poderia levar a um maior interesse para coopera??o dentro do grupo.

Shen Yi, diretor do Centro de Estudos dos BRICS da Universidade Fudan, na China, constatou que o grupo já vai além do conceito criado por Goldman e tem sido uma plataforma que os países emergentes utilizam para buscar mais voz no sistema econ?mico internacional.

"N?o importa como a economia de cada país dos BRICS se desenvolve, este mecanismo de coopera??o já tem uma existência objetiva e continuará a se dedicar a melhorar a governan?a global", disse ele.

Melhoria estrutural

Em julho de 2014, os líderes dos BRICS se comprometeram, em Fortaleza (CE), a estabelecer um banco de desenvolvimento e um fundo de reserva para as emergências. Essa tentativa de aumentar a independência financeira dos países em desenvolvimento foi considerada, por alguns meios de comunica??o ocidentais, uma provoca??o contra a atual ordem financeira mundial.

Em abril deste ano, o Banco de Desenvolvimento dos BRICS anunciou o primeiro lote de empréstimos, no valor de US$ 811 milh?es, para apoiar os projetos de energias renováveis na China, Brasil, índia e áfrica do Sul.

Neste momento dos primeiros resultados concretos do mecanismo, a incerteza política em que o Brasil está mergulhado poderia causar a retra??o da sua política externa e levar a um menor envolvimento nos assuntos do grupo, advertiu Zhou.

"A fim de minimizar os possíveis impactos negativos, os membros devem refor?ar os la?os econ?micos e tirar proveito dos mecanismos de alavancagem, como o Banco de Desenvolvimento e o fundo de reservas de emergência, para promover a coes?o e a interdependência, de modo a enfrentar os desafios comuns", disse ele.

Enquanto isso, Shen convidou os cinco países dos BRICS a unir esfor?os para construir um mercado comum, refor?ar o fundo de reserva de emergências e estabelecer mecanismos de empréstimos anticíclicos a longo prazo, processos nos quais a China pode desempenhar um papel importante, proporcionando fontes de financiamento, por exemplo.

"A China pode ter um papel criativo na facilita??o do comércio e dos investimentos dentro dos BRICS, utilizando as suas vantagens em termos financeiros e produtivos para ativar o ciclo interno do grupo, que ainda tem muito espa?o a explorar."