BRASíLIA, 1 jul (Diário do Povo Online) - Para o Brasil, continuar refor?ando e ampliando a rela??o bilateral com a China e os entendimentos comuns sobre grandes temas globais é uma prioridade, disse o ministro das Rela??es Exteriores do Brasil, José Serra, em uma entrevista exclusiva para agência de notícias Xinhua.
Ao receber a Xinhua no seu gabinete no Palácio do Itamaraty, em Brasília, Serra disse que o governo do presidente interino, Michel Temer, ratifica e tem como objetivo aprofundar a coopera??o estratégica global entre os dois países.
"A rela??o do Brasil com a China n?o é de natureza governamental, mas sim estrutural, permanente e estratégica. Por isso, a China é de interesse permanente do Brasil, qualquer que seja a orienta??o do governo. Brasil e China s?o parceiros estratégicos", destacou.
"A China se tornou o nosso principal parceiro comercial, uma fonte muito importante de investimentos e de financiamento, e um aliado em diversos fóruns e iniciativas, como no BRICS e no G20", disse.
Segundo o chanceler, a nova política externa brasileira n?o altera os princípios básicos e estruturais dos interesses do Brasil; pelo contrário, valoriza e os refor?a ainda mais.
"A China é um fator determinante no mundo contemporaneo. O Brasil e a China s?o dois países com dimens?es continentais, com interesses econ?micos comuns e vis?es convergentes sobre a importancia de promover o desenvolvimento e a paz", assinalou.
"Pode-se dizer que o Brasil e a China têm, juntos, um papel de destaque na constru??o de um mundo mais estável, mais equilibrado e com o objetivo de superar os grandes desafios econ?micos e sociais", afirmou o chanceler.
Para Serra, no entanto, "n?o podemos nos acomodar com os dados relativamente positivos dos últimos anos", mas precisamos "avan?ar mais, muito mais e em diferentes setores".
As visitas do presidente chinês Xi Jinping em 2014, e do primeiro-ministro Li Keqiang em 2015, lembrou ele, abriram "grandes avenidas pelas quais precisamos passar".
"A relevancia da China se manifesta, inclusive, na minha determina??o de criar um centro de China no Ministério das Rela??es Exteriores, assim como na nossa Agência Brasileira de Promo??o de Exporta??es e Investimentos (Apex-Brasil), agora presidida pelo ex-embaixador do Brasil na China (Roberto Jaguaribe)", destacou.
Serra disse ainda que o Brasil é um país importador de capital e que há setores que o governo quer desenvolver e para os quais se pretende atrair capital chinês, em especial na infraestrutura, estradas, energia, portos e aeroportos", afirmou.
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