Hangzhou, 8 ago (Xinhua) -- Wu Xiaoming tem uma exportadora de artigos esportivos, mas os Jogos Olímpicos do Rio n?o trouxeram lucros extras.
Apesar da Eurocopa e da Rio 2016, a Ao Kai, que fabrica bolas, n?o teve um grande aumento nas exporta??es este ano.
"Dois importantes eventos esportivos ocorreram em um ano, mas nossas exporta??es est?o iguais às do ano passado", disse Wu na sede da Ao Kai, na cidade de Yiwu (leste), um dos centros de exporta??o mais importantes do país.
Os pedidos olímpicos eram uma fonte significativa de receitas e lucros para muitos exportadores chineses, mas o ritmo come?ou a perder impulso a partir da crise financeira global.
Muitos exportadores chineses consideram os eventos esportivos importantes como um impulso temporário para os decrescentes pedidos de exporta??es. A China foi um importante fornecedor de vuvuzelas na Copa do Mundo de 2010, na áfrica do Sul.
No entanto, diversos exportadores em Yiwu assinalam que a demanda de bandeiras nacionais, barras luminosas de anima??o e muitos outros artigos perdeu brilho antes dos Jogos Olímpicos deste ano, o que destruiu as esperan?as de que o evento esportivo melhorasse a contra??o do comércio exterior da China.
O comércio exterior de produtos chineses caiu 3,3% para ficar em 11,13 trilh?es de yuans durante o primeiro semestre deste ano. As exporta??es baixaram 2,1%, a 6,4 trilh?es de yuans, mostram números de alfandegas.
Shi Xingqing, proprietário de uma fábrica de bandeiras, comentou que só houve um leve aumento nos pedidos. à exce??o da bandeira do Brasil, a demanda n?o aumentou.
Wu exportou 300 mil bolas de futebol ao Brasil em média por ano durante os últimos anos. No entanto, os pedidos para a Rio 2016 caíram em um ter?o.
Ele responsabiliza a queda nos pedidos à contra??o da economia do Brasil.
"N?o é só o Brasil, as exporta??es para a toda a América do sul desaceleraram este ano."
Shi acrescentou que a baixa na demanda também pode ser resultado da Copa do Mundo no Brasil, o que deixou um grande estoque de artigos esportivos, que, para cortar custos, foram reutilizados nos Jogos Olímpicos.
Além da queda nos pedidos, os lucros dos exportadores chineses também diminuíram. Wu ganhou menos de um yuan por bola de futebol que exporta ao Brasil por 10 yuans.
"Quando a bola de futebol chega ao Brasil será vendida por mais de 200 yuans."
Para os exportadores de bandeiras, a margem é mínima, disse Shi. O negócio só pode ser levemente lucrativo se obtiverem vendas em grande quantidade.
Além disso, os lucros também foram reduzidos pela taxa de cambio.
A concorrência pelos pedidos entre centenas de exportadores os deixou com pouca margem de negocia??o.
"Há medidas para ajudar os exportadores a melhorar as margens. Eles podem recorrer à fus?o, coordenar pedidos e produ??o e pedir mais flexibilidade na taxa de cambio", disse o subdiretor do Instituto de Estudos sobre Organiza??o Mundial de Comércio da Universidade de Economia e Negócios Internacionais de Beijing, Tu Xinquan.
"No entanto, todas essas medidas apenas funcionar?o em certa medida, e em algum ponto esses exportadores ter?o que procurar uma produ??o com maior valor agregado."
Quanto a Wu, a solu??o para seu negócio em diminui??o de exporta??o pode estar no mercado doméstico.
"O consumo está aumentando na China e nos manteremos atentos à demanda interna enquanto tentamos resolver o problema das exporta??es."