Por Bai Long, Diário do Povo
De entre as numerosas agendas da cúpula do G20 a ter lugar em setembro, a governan?a é aquela que necessita de atingir um avan?o mais incisivo. Ao incluir a “interconectividade” nas quatro palavras-chave do tema, a cúpula procura apresentar propostas para a governan?a global.
As circunstancias s?o, porém, diferentes agora. Com a ascendência das economias emergentes e altera??es no cenário político e económico internacional, especialmente numa altura em que comércio internacional, investimento e crescimento económico apresentam uma quebra, a China, em tempos uma participante, veio a tornar-se progressivamente em um dos líderes.
Da iniciativa “Um Cintur?o e Uma Rota” ao Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas e ao Fundo da Rota da Seda, a China envolveu-se profundamente na governan?a económica global nos últimos anos. Agora o mundo espera que continue a desempenhar o seu papel enquanto “motor” e que construa uma ordem política e económica mais justa e razoável.
“A cúpula chinesa poderá representar o renascimento n?o só do G20, mas da coopera??o real”, disse o ex-primeiro ministro canadense Paul Martin, também referenciado como “Pai do G20”, em antecipa??o à cúpula do G20 de Hangzhou em outubro do ano passado.
Mais figuras internacionais se aperceberam da importancia do G20 na conten??o do retrocesso da globaliza??o. Com uma esfera de influência que transvasa a soberania dos estados, a globaliza??o irá por um fim à era do desenvolvimento solitário ou baseado em uma ou duas alian?as. Um sem número de desafios no mundo contemporaneo requer esfor?os conjuntos nos dias de hoje.
Atualmente, a economia mundial padece pela falta de apoio por parte de indústrias emergentes e pela falta de um ímpeto de crescimento mais resoluto. Estes defeitos foram causados por mazelas profundas ao nível da ausência de um sistema justo e coordenado e de planos de longo prazo com a globaliza??o enquanto pano de fundo.
O mecanismo de coordena??o centrado no ocidente n?o é aplicável à atual tendência de multipolariza??o. Este é o motivo pelo qual a comunidade internacional apela à China para contribuir de forma mais expressiva para a governan?a global enquanto país de grandes dimens?es.
Para atingir o objetivo do desenvolvimento global, a China colocou uma preponderancia acrescida nos países em desenvolvimento na história do G20, ao convidar as na??es que atualmente presidem à ASEAN, Uni?o Africana, Nova Parceria para o Desenvolvimento Africano e ao G77 para participarem da cúpula de Hangzhou.
Enquanto isso, o grupo de trabalho concebeu também um código de conduta baseado em experiências prévias, demonstrando as aspira??es do G20 em criar regras mais justas e razoáveis.
Em 2015, embora tenhamos testemunhado um crescimento negativo de 2 dígitos no comércio global, a quota da China aumentou de 13,8% de 12,2%. Além disso, além das diligências para retirar milh?es de residentes rurais da pobreza, a China continuou os seus esfor?os na ajuda aos países em desenvolvimento para que estes implementem a Agenda para o Desenvolvimento Sustentável 2030, estabelecendo um fundo de ajuda para a Coopera??o Sul-Sul e aumentando o seu investimento nos países menos desenvolvidos.
Atualmente o mundo tornou-se numa comunidade interdependente de destino comum para a humanidade. Apenas a coordena??o interconectada é capaz de incentivar o desenvolvimento do mundo. Se a comunidade global for capaz de aproveitar a oportunidade da cúpula de Hangzhou para absorver as “propostas chinesas”, o G20 irá certamente melhorar a sua estrutura de governan?a e refor?ar a sua capacidade de governan?a a longo prazo, atribuindo assim a este uma verdadeira dinamica global.