Concomitantemente, a China espera poder atingir vários consensos ativos com os países de língua portuguesa no ambito da coopera??o na capacidade de produ??o. Ambas as partes persistir?o na complementaridade e coopera??o de benefício recíproco. Algumas indústrias competitivas da China, tais como o fabrico de equipamentos e tecnologia de trens de alta velocidade, dever?o obter com relativa facilidade o apoio por parte dos países de língua portuguesa da ásia, áfrica e América Latina, que atravessam atualmente uma importante fase de industrializa??o.
A China e os países lusófonos têm ainda em agenda a realiza??o de uma série de projetos de coopera??o de elevada importancia, que dever?o surgir, fruto de várias formas de colabora??o, incluindo a coopera??o trilateral, entre outras.
Por último, a plataforma de coopera??o entre a China e os países de língua portuguesa deverá ser aperfei?oada. A China e os países lusófonos devem aproveitar as vantagens de Macau nos setores do idioma, geografia e, mais recentemente ao nível das infraestruturas, nomeadamente através da constru??o do Centro de Servi?os Comerciais para as Pequenas e Médias Empresas da China e dos Países de Língua Portuguesa, Centro de Distribui??o dos Produtos Alimentares dos Países de Língua Portuguesa, e Centro de Conven??es e Exposi??es para a Coopera??o Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
Com o acoplamento estratégico entre a China e os países de língua portuguesa no quadro da iniciativa “Um Cintur?o e Uma Rota”, Macau desempenhará um papel fulcral enquanto elo de comunica??o entre a China e o mundo lusófono.
As rela??es entre a China e os países de língua portuguesa atravessam o período mais auspicioso da sua história, mas há ainda um grande potencial passível de ser desenvolvido, dependente do esfor?o de todos os intervenientes.
(A autora é vice-diretora do Instituto de Estratégia Internacional da Academia de Estudos Internacionais da China)
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