O porta-voz da chancelaria chinesa, Lu Kang, disse ontem (25) de forma peremptória numa coletiva de imprensa que o Jap?o deveria reconhecer factos históricos, bem como fazer uma retrospetiva dos crimes cometidos durante a Segunda Guerra Mundial. Estes pressupostos, para Lu, constituem um requisito para recuperar a confian?a dos países vizinhos e da comunidade internacional.
Os comentários surgem face às afirma??es veiculadas pelas autoridades japonesas sobre a quest?o das “mulheres de conforto”.
Foi inaugurado no último sábado (22) um museu em homenagem às “mulheres de conforto” na Universidade Normal de Shanghai, juntamente com duas estátuas alusivas a esta temática. Em rela??o a este acontecimento, o secretário-geral do Gabinete, Yoshihide Suga, manifestou o desagrado sobre a existência do museu, sobre o qual opinou que n?o irá surtir uma influência positiva no relacionamento sino-nip?nico. Suga insistiu que a China n?o se deveria focalizar demasiadamente em episódios lúgubres, mas, pelo contrário, enfrentar os problemas comuns da comunidade internacional, com enfoque no futuro.
“Um pré-requisito para encarar o futuro é a constata??o da história”, defendeu Lu, frisando que o recrutamento for?ado das mulheres de conforto se tratou de um “crime desumano” cometido pelos militaristas japoneses contra vários países asiáticos, nos quais se inclui a China.
“A história n?o mudará com o tempo e a realidade n?o irá sumir devido à evas?o propositada de abordar o assunto”, disse o porta-voz, urgindo a que o Jap?o reconhe?a os crimes cometidos na guerra, de forma congruente com os direitos e a consciência humana.