O presidente filipino foi instado a cumprir os consensos lacrados durante as conversa??es levadas a cabo em Beijing.
Rodrigo Duterte procurou assegurar às autoridades japonesas na quarta-feira que a sua visita à China na semana passada, fora apenas de índole económica, e que as disputas no Mar do Sul da China dever?o ser resolvidas de forma pacífica.
O presidente filipino, Rodrigo Duterte, é cumprimentado por Shinzo Abe no início do seu encontro na residência oficial do primeiro-ministro japonês, em Tóquio, na quarta-feira.
“Sabem que fui à China para uma visita. Gostaria de assegurar-vos de que tudo o que foi discutido, foi em torno da economia. N?o falamos de armas. Evitamos falar de alian?as”, terá dito Duterte durante um encontro com empresários japoneses, citado pela Reuters.
Descrevendo o Jap?o enquanto “um amigo especial, mais próximo que um irm?o”, Duterte diz que Manila trabalhará de m?os dadas com o Jap?o em quest?es regionais de interesse comum, defendendo os valores da democracia, o Estado de Direito e a resolu??o pacífica de disputas - incluindo aquelas em torno do Mar do Sul da China.
Duterte, fezendo auxiliar-se por um intérprete japonês durante as suas conversa??es com Shinzo Abe, disse que estaria do lado do Jap?o na quest?o do Mar do Sul da China, segundo a Reuters.
Abe mostrou-se recetivo aos esfor?os de Duterte para melhorar os relacionamentos entre Manila e Beijing.
A visita a Beijing foi particularmente marcante, na medida em que restaurou a rela??o bilateral entre a China e as Filipinas, que havia deteriorado sob a lideran?a do presidente anterior, Benigno Aquino III, que, de forma unilateral, despoletou um caso de arbitragem contra a China em torno de uma disputa territorial no Mar do Sul da China.
Durante a visita, o Jap?o deverá oferecer à guarda costeira das Filipinas dois barcos de patrulha – além dos 10 que estavam já pré-acordados – assim como uma aeronave TC-90 para treinos militares, segundo informa??es avan?adas pela Associated Press.
Os analistas descrevem a estratégia diplomática de Duterte como “maximizadora do ponto de vista económico”, pois tanto a China como o Jap?o podem atender às necessidades económicas enfrentadas por Manila.