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Por que a China lembra Nanjing quando o Jap?o fala em Pearl Harbor?

Fonte: Diário do Povo Online    13.12.2016 14h32

No dia 5 do corrente mês o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciou para o fim deste mês uma visita a Pearl Harbor, onde irá lamentar as vítimas do ataque surpresa protagonizado pelo Jap?o há 75 anos.

Por Wevergton Brito Lima*

Fachada do Sal?o Memorial das Vítimas do Massacre de Nanjing

No dia seguinte (6), um porta-voz do governo japonês esclareceu que o dirigente nip?nico n?o irá pedir perd?o pelo ataque, o que segue o mesmo padr?o da visita de Obama a Hiroshima, em maio, quando o presidente estadunidense n?o se desculpou pelas bombas at?micas que seu país lan?ou contra esta cidade e Nagasaki em 1945.

Nesta quinta-feira (8), o porta-voz da chancelaria da República Popular da China, Lu Kang, declarou que o primeiro-ministro japonês deveria visitar também o Sal?o Memorial das Vítimas do Massacre de Nanjing. O porta-voz chinês expressou que “se o lado japonês quiser realmente refletir e pedir perd?o, há muitos lugares na China onde o pode fazer”.

Se alguém acha inapropriada a atitude da China de ligar uma coisa à outra (afinal, visitar Pearl Habor é um ato meritório, cansamos de ver filmes sobre Pearl Habor!) talvez precise conhecer melhor a extens?o do massacre de Nanjing ou deva ser lembrado de que ele aconteceu igualmente em um dezembro, apenas quatro anos antes do ataque japonês à base americana.

Foi um trágico dezembro aquele de 1937, quando no dia 5 o exército imperial do Jap?o invadiu a ent?o capital da China. No dia 13 do mesmo mês o exército chinês se rendeu. Os militares prisioneiros foram mortos depois de torturados. Os oficiais enforcados, os soldados fuzilados e todos jogados em uma pedreira que se transformou em cova coletiva.

Sobre esta cova o governo chinês ergueu, em 1985 um “Memorial das Vítimas do Massacre de Nanquim pelos Invasores Japoneses”. Em 2007 o memorial foi ampliado e quem já o visitou testemunha que é deslumbrante e ao mesmo tempo terrível pelo que recorda de uma das maiores provas de até onde a crueldade humana pode chegar.

As fotos mostram soldados competindo para ver quem decapitava mais chineses. Os japoneses penduravam as cabe?as para n?o perder a conta e atiravam os corpos aos c?es. N?o se poupava mulheres, crian?as ou idosos. As mulheres chinesas, aliás, eram em geral estupradas antes de serem mortas. As que os soldados japoneses consideravam mais bonitas eram poupadas e enviadas para cerca de 2 mil bordéis de escravas sexuais mantidos pelo exército imperial para divers?o de seus soldados. Estudos avaliam em 200 mil mulheres chinesas que tiveram este destino, semelhante aos de outras 200 mil coreanas.

Os soldados japoneses também faziam filhos abusarem das m?es diante da família antes de matá-los, entre outros sadismos, todos registrados minuciosamente no memorial. Este festival dantesco durou seis semanas ao fim das quais 300 mil chineses tinham sido mortos e 100 mil chinesas estupradas (na China o massacre é mais comumente conhecido como o “o estupro de Nanquim”).

Hoje, o Jap?o, que tem em seu território mais de 50 mil soldados americanos acantonados em numerosas bases militares, resolve homenagear os 2,4 mil estadunidenses mortos no ataque a Pearl Harbor.

Mas os japoneses nunca reconheceram o massacre de Nanquim e em seus livros esta parte da história é ignorada ou contada como se nada demais tivesse acontecido.

O porta-voz chinês, citado no início deste artigo, declarou que “o povo chinês n?o esquecerá o Massacre de Nanjing e as inúmeras perdas infligidas durante a guerra sino-japonesa, da mesma forma que os americanos n?o esquecer?o o ataque a Pearl Harbor”. A China, de forma sutil e sem fazer compara??es, chama aten??o para o quanto existe de hipocrisia no gesto japonês.

é a postura de um país que está atento à memória, à honra e à dignidade do seu povo, coisa que, neste 2016, especialmente no Brasil, realmente chega a causar estranheza.

*Jornalista, membro da Comiss?o de Política e Rela??es Internacionais do PCdoB 

 

Fonte: Portal Vermelho

(Web editor: Renato Lu, editor)

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