Ao menos 26 prisioneiros mortos, de entre os quais vários decapitados e desmembrados, sendo que 28 outros se encontram a monte, foram registrados após dois incidentes ocorridos em duas pris?es brasileiras, segundo relatos das autoridades no domingo.
Em um dos incidentes, membros da unidade antimotim da “polícia militarizada” controlaram a penitenciária de Alca?uz após a alvorada, no domingo, em Nísia Floresta, após um motim no sábado ter deixado cerca de 30 presidiários mortos, de acordo com a Globonews.
“O número de mortos no motim... poderá superar os 30”, refere a Globonews, citando fontes policiais.
A Associated Press citou o gabinete de seguran?a estatal do Rio Grande do Norte, que apontava a morte de 26 pessoas.
Sendo a maior penitenciária do estado, Alca?uz está localizada a 30km da capital estadual, Natal, e foi construída para alojar 620 presidiários. Porém, está atualmente sobrelotada, contendo 1,150 ocupantes.
Em um comunicado, a Secretaria Nacional de Seguran?a Pública classificou o motim como o “resultado de uma disputa entre gangues rivais”.
Imagens de vídeo capturadas dentro da pris?o, partilhadas em grande número na internet, apresentam vários corpos decapitados no centro do pátio prisional.
Em um outro incidente, no estado sulista do Paraná, dois prisioneiros foram mortos pelos guardas prisionais, após um grupo de presidiários for?ar a passagem por uma parede no domingo de manh? na Penitenciária Estadual de Piraquara, em Curitiba.
A fuga deu-se após uma zaragata ter rebentado, presumivelmente para distrair os guardas, segundo informa??es veiculadas pela agência de gest?o da cadeia.
Muita da violência atribuída às pris?es brasileiras tem sido justificada pelo excesso de ocupantes. Porém, as autoridades referem que a pris?o de Piraquara, projetada para alojar 647 presos, teria uma ocupa??o de 628.
Desde o início do ano, mais de 100 presidiários foram mortos em confrontos violentos nas pris?es brasileiras, principalmente em instala??es localizadas nos estados mais pobres do país, como o Amazonas e Roraima.