Com a aproxima??o do Fórum Económico Mundial, o Diário do Povo compilou algumas informa??es relevantes sobre o evento, nomeadamente no que concerne à participa??o da China e dos dois países da lusofonia que ir?o também marcar presen?a (Brasil e Portugal, respetivamente).
A primeira vez que a China se faz representar pelo seu chefe de Estado é, por si só, um indicador da importancia atribuída pelo gigante asiático ao evento prestes a ter lugar na Suí?a.
Lu Kang, porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores da China, comunicou à imprensa que o Presidente Xi Jinping irá aproveitar a ocasi?o para dar a conhecer as propostas e pontos de vista do país face à globaliza??o da economia.
O presidente irá também prestar esclarecimentos perante a comunidade internacional relativamente a temas em destaque em torno do atual cenário económico chinês.
“A China está também disponível para, juntamente com todas as partes envolvidas, analisar e explorar as causas de problemas enraizados que assolam a economia global, de modo a que seja possível delinear um caminho rumo à recupera??o”, disse Lu.
O Brasil este ano será representado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no Fórum de Davos.
O Ministério da Fazenda atribui a presen?a de Meirelles no Fórum, citando motivos relacionados com a importancia do evento para a agenda internacional brasileira.
A Globo avan?a que o ministro será acompanhando pelo presidente do Banco Central e pelos homólogos da Indústria, Comércio Exterior e Servi?os.
A fonte supracitada adianta que o ministro brasileiro irá apresentar no Fórum as reformas microeconómicas em curso no Brasil, visando colocar a economia do país no trilho da recupera??o, juntamente com o sucesso alcan?ado pelo Presidente Temer na aprova??o da proposta de emenda à Constitui??o, na qual foi fixado um teto para os gastos públicos.
A comitiva brasileira espera, assim, enviar um sinal positivo aos investidores externos.
Um integrante da equipe económica, em declara??es ao jornal Estado de S?o Paulo, justificou a participa??o brasileira com a importancia do evento no plano internacional: “...entendemos que a participa??o dele [Henrique Meirelles] em Davos é importante, porque o Brasil tem uma posi??o de lideran?a em organismos internacionais. O Brasil é um 'big player' que n?o pode dizer n?o para esse tipo de oportunidade, a n?o ser que houvesse uma crise muito grande”.
A Agência Lusa aponta que o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, irá marcar presen?a no Fórum de Davos, juntamente com o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e o secretário da Indústria.
“O Fórum Davos é uma oportunidade muito importante para promover o nosso país junto de investidores, junto de líderes mundiais de algumas das maiores empresas mundiais e, nesse sentido, é uma oportunidade que Portugal estará lá para aproveitar”, afirmou o ministro da Economia.
Portugal, que já participara no Fórum no ano passado, atribui ao evento uma elevada importancia no domínio da sua exposi??o ao mundo: “é importante para o país marcar presen?a nestes fóruns internacionais, porque também é aqui que se decide o futuro do mundo e que se decide os caminhos que o mundo e que a Uni?o Europeia v?o trilhar, e é importante Portugal estar nesse debate e dar contributo”, prosseguiu Caldeira Cabral.
Com um ano de governo acumulado e com dados animadores, o ministro revela-se confiante face à mensagem que Portugal quer transmitir no Fórum: “Este ano vamos a Davos com uma mensagem mais positiva, de um país que está a sair de um problema de défice excessivo, uma mensagem do país que teve no terceiro trimestre do último ano o melhor crescimento da Uni?o Europeia, uma mensagem do país que também está a desenvolver políticas de atra??o de investimento, políticas de apoio ao empreendedorismo e às ‘startups'”.