O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa
O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, antecipou no dia 21 que 2017 pode vir a ser "um ano particularmente significativo no aprofundamento de rela??es" entre Portugal e a China, considerando que a Uni?o Europeia percebe que tem a ganhar com a aproxima??o chinesa.
"Tudo indica que é de esperar nos próximos anos um aprofundamento nas rela??es entre esse mundo e a China. E Portugal - presente nas três comunidades [Uni?o Europeia, CPLP e Comunidade Ibero-americana] - será um protagonista ativo e importante nesse relacionamento", disse Marcelo Rebelo de Sousa no discurso de encerramento da conferência "Macau - Uma ponte na rela??o económica entre a China e os países de língua portuguesa", que decorreu hoje em Lisboa.
Na opini?o do chefe de Estado, "o ano de 2017 pode vir a ser particularmente significativo no aprofundamento de rela??es que s?o seculares entre os dois povos, mas que a democracia portuguesa permitiu que fossem muito intensas entre os dois Estados".
"A Uni?o Europeia percebe que, para além das amizades, das parcerias, das alian?as históricas que mantém - nomeadamente transatlanticas -, tem tudo a ganhar com a aproxima??o relativamente à China. Passa-se com a Uni?o Europeia, passa-se em particular com Portugal", defendeu.
Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que n?o quer que se retire destas palavras "a ideia de que Portugal é menos fiel às rela??es transatlanticas ou a Uni?o Europeia pode prescindir desse parceiro fundamental que s?o os Estados Unidos da América", porque "n?o pode".
"Só que o mundo é feito de aditamentos, n?o de subtra??es. Trata-se de aditar novos vetores estratégicos. Portugal n?o está a descobrir a China pela primeira vez. Macau assim o demonstra", sublinhou.
Para o chefe de Estado, "é preciso estudar esta nova realidade" e n?o se pode "apenas registá-la tomando conhecimento dos factos do dia-a-dia".
"O Presidente da República está atento a esta realidade, às coordenadas fundamentais da nossa política externa, que no essencial s?o as mesmas desde a Constitui??o de 1976. Está atento à evolu??o do mundo, da realidade geoestratégica, da realidade económica e esta nova coordenada fundamental", justificou.
Fonte: Lusa