A taxa do crescimento econ?mico da China atingiu os 6,7% em 2016, anunciou Wang Guoqing, porta-voz da 5a sess?o do 12o Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPCh), inaugurada no dia 3 de mar?o.
Em uma coletiva de imprensa realizada antes da abertura do evento, Wang afirmou que, com esse crescimento, China voltou a subir ao pódio das principais economias do mundo, em meio à depress?o da economia global.
Para o país asiático, a taxa de 6,7% foi a menor desde 1991, tema de que foi um dos tópicos mais discutidos pelos representantes e conselheiros que se reúnem em Beijing para as sess?es anuais da APN e CCPPCh.
No ponto de vista de Liu Zhibiao, professor da Universidade de Nanjing, e também conselheiro da CCPPCh, “n?o é necessário haver preocupa??o com a economia chinesa, que continua a apresentar um bom desempenho em compara??o com outras economias mundiais”, pese embora a cifra diminuta face ao historial recente.
De acordo com os últimos dados divulgados pelo FMI, o crescimento dos EUA registou um crescimento de 1,6% em 2016, face aos 1,7% da zona euro, 0,9% do Jap?o e 6,6% da índia.
Com esse ritmo, a China contribuiu em 33,2% para o crescimento da economia mundial, continuando a ser a principal for?a de motriz na esfera global. Além disso, o volume total da economia chinesa superou o patamar dos 70 trilh?es de yuans (cerca de 10,2 trilh?es de dólares).
“Será que a economia chinesa continuará a abrandar?”. Relativamente a essa quest?o, o diretor do Centro de Pesquisa do Desenvolvimento do Conselho de Estado, Li Wei, respondeu que o risco da queda da economia chinesa está diminuindo, dado que o abrandamento do crescimento se apresenta em forma “L”.
Apesar do abrandamento econ?mico, a taxa do aumento da renda registra um melhor desempenho que o PIB, tendo atingido os 6,9% no ano passado. Além disso, a estrutura econ?mica foi otimizada, com o melhoramento da coordena??o e sustentabilidade do desenvolvimento econ?mico – em 2016, o valor agregado do setor de servi?os aumentou em 7,8% em termos anuais, um incremento de 1,1 pontos percentuais em compara??o com o PIB, representando 51,6% deste.
“As dores de cabe?a inerentes à reestrutura??o econ?mica s?o inevitáveis, mas vela a pena”, disse o professor Liu Zhibiao.
Para a economia chinesa, essa dor é tolerável. A curto prazo, a redu??o da capacidade produtiva excessiva poderá afetar a renda fiscal e o PIB de algumas regi?es sendo que a desalavancagem irá p?r à prova algumas empresas, mas, por outro lado, a reestrutura??o irá libertar mais terras abandonadas e o recurso ao crédito, que poderá ser canalizado para indústrias mais eficientes.