Beijing, 12 mar (Xinhua) -- O Ministério da Indústria e Informatiza??o da China esclareceu com detalhes no sábado o plano "Fabricado na China 2025", dizendo que a acusa??o de um grupo comercial europeu de discriminar as companhias estrangeiras é um mal-entendido.
"A estratégia e suas políticas relacionadas se aplicam a todos os negócios na China, tanto os domésticos como os estrangeiros", assegurou o ministro chinês da Indústria e Informatiza??o, Miao Wei, em uma coletiva de imprensa no marco da sess?o parlamentar anual.
Os comentários foram feitos depois que um longo relatório da Camara de Comércio da Uni?o Europeia na China declarou que o apoio da China à manufatura de alta tecnologia poderia piorar o tratamento para as empresas estrangeiras, enquanto permite que as empresas domésticas subsidiadas pelo governo compitam injustamente.
Segundo o documento, os fabricantes estrangeiros de veículos elétricos e outros artigos est?o sendo pressionados para que entreguem sua tecnologia à China.
Miao rejeitou a acusa??o, dizendo que as políticas de entrada em setores como o de veículos de nova energia se dirigir?o n?o só às empresas estrangeiras, mas também às nacionais.
A inten??o destas políticas é prevenir que algumas companhias joguem sujo para obter subsídios do governo, em vez de obrigar as empresas estrangeiras a transferir a tecnologia para a China, explicou Miao.
Quanto à meta estabelecida de fixar uma participa??o no mercado para as marcas domésticas em alguns setores, Miao destacou que o governo n?o está "procurando deliberadamente" tal meta quando estava elaborando o plano.
A maioria das metas mencionadas pelo grupo europeu n?o está no plano governamental, mas é compilada em um livro verde emitido por um grupo de consulta de especialistas, e este grupo deixou claro desde o início que estes objetivos s?o predi??es e n?o obriga??es, disse Miao
O último objetivo do plano "Fabricado na China 2025" é satisfazer a demanda doméstica por equipamentos e artigos industriais de qualidade superior, sendo que os países ocidentais ainda imp?em proibi??es à exporta??o de alguns destes produtos para a China, acrescentou.
"Ao permitir que o mercado tenha seu papel decisivo no desenvolvimento econ?mico, o governo também desempenha um pepel de guia, que é uma prática internacional", indicou o ministro.
Com a finalidade de promover a manufatura doméstica, a Uni?o Europeia, os Estados Unidos e a Alemanha têm proposto planos semelhantes nos últimos anos, indicou Miao, expressando a esperan?a por mais intercambios e coopera??o, tanto bilaterais como multilaterais, a este respeito.
A China anunciou o plano "Fabricado na China 2025" em maio de 2015, apresentando diversas tarefas para o setor de manufatura de alta tecnologia, entre elas o impulso à inova??o, a promo??o de marcas chinesas e a manufatura orientada pelos servi?os.