BEIJING,7 de abr (Diário do Povo Oline) – Beijing irá p?r em prática uma nova reforma do sistema de saúde a partir de sábado (8), que colocará fim à majora??o do pre?o dos medicamentos, de acordo com as informa??es das autoridades locais.
Mais de 3600 institui??es médicas est?o abrangidas pelas novas medidas, as quais dever?o cessar a majora??o dos pre?os de medicamentos, afirmou Fang Laiying, chefe da Comiss?o Municipal de Saúde e Plano Familiar de Beijing.
Estima-se que o custo do tratamento por paciente em ambulatório venha a ser reduzido em cerca de 5%, gra?as ao corte do custo de medicamentos, ao mesmo tempo que o custo médio no tratamento de pacientes hospitalares registrará uma subida de 2,5%, devido ao crescimento das despesas de servi?o, de acordo com Fang.
Hospitais comunitários e institui??es médicas ter?o o mesmo acesso a medicamentos normalmente prescritos em hospitais de nível superior, para que os pacientes tenham mais escolhas, disse Fang.
Definir o pre?o de medicamentos é uma prática adotada pela maioria dos hospitais públicos na China desde a década de 1950. Esse sistema permite aos hospitais a venda de medica??o cobrando um valor 15% acima do pre?o registado na etiqueta.
O objetivo desse sistema era compensar a escassez de financiamento médico fornecido pelo governo, transformando a receita proveniente da venda de medicamentos em parte do salário dos médicos, por vezes incentivados a fazer prescri??es excessivas.
Em 2015, a receita proveniente de exames, testes e materiais de tratamento médico representou cerca de 66% do rendimento total do servi?o médico da capital chinesa, enquanto a receita originada pela inteligência e servi?o dos profissionais médicos, tais como o diagnóstico, cirurgia, tratamento e enfermagem, também relacionados com a qualidade dos servi?os, apenas contabilizou 34%, revelou Fang.
“O objetivo principal da nova reforma é separar as fun??es do servi?o médico e a venda de medicamentos, cessando o mecanismo de majora??o do pre?o dos mesmos nas institui??es médicas públicas em Beijing”, assinalou.
“A separa??o irá cortar o modo de aumento da receita através da prescri??o excessiva, e ao mesmo tempo incentivará os médicos a proporcionarem melhores tratamentos e outros servi?os”, acrescentou.